Opinião

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postado em 09/12/2019 04:34
Consciência

Merece muitos aplausos a reportagem Uma voz da filosofia e da música afro-brasileira (6/12, pág. 22). Por meio do belíssimo texto, de autoria da jornalista Hellen Leite, o jovem filósofo Tiganá Santana revela o seu elevado grau de erudição e sensibilidade ante o legado e a sabedoria da ancestralidade africana. Ele traz à luz uma percepção que faltou aos sucessivos governantes desde a proclamação da República, quando estigmatizaram os negros e evitaram construir pontes entre os primeiros brasileiros e os parentes deixados no continente africano. Faltou inteligência aos mandatários locais para escrever uma nova história na relação com os negros a partir de 14 de maio de 1888 (day after da abolição). A ausência dessa perspicácia consolidou o racismo e a radical ausência de humanismo nas relações entre brancos e negros neste país. Em vez de uma lei de reparação, a hegemonia branca(?) amalgamou o hábito de discriminar e torturar os negros, impondo-lhes um estigma sem rebate na realidade. Tiganá mostra o quanto a educação é fundamental para o rompimento dessas barreiras construídas pela insanidade dos racistas. Ao mesmo tempo, é lamentável que outros negros não se espelhem nos muitos e desconhecidos Tiganá existentes na nossa sociedade e que nos dão orgulho da nossa origem. Parabéns a Tiganá pela sua obra. Parabéns ao Correio Brazilense pela brilhante série Histórias de Consciência.
Maria Bernadete Fonseca, Asa Norte

Violência

Os campos e as cidades pedem clemências; haja tantas malhas dessas veias de violências! As pessoas que são chamadas de contribuintes só imaginam, na segurança, quaisquer singelos requintes... Nosso Brasil vinha trilhando, há anos, caminhos nebulosos; caminhos de instabilidades. Há um medo enorme instalado, de fato, nos campos e nas cidades! Isso chega a frustrar a boa convivência. Vêm da terra e do homem os trovões enormes que agonizam as populações. Há pessoas que vêm praticando outros tipos de violências: a do ;querer fazer de conta; que os escândalos
eram só coisas de meros vândalos. Há outras, por aí, que pregam e praticam vários tipos de façanhas, tais como intentar numa borracha fictícia, que chega a ser ridícula; há palestras negociais que mais deixam dúvidas ou arestas. Violência há, também, em alguns contratos ou distratos fincados entre as pessoas e os negócios; há, ainda, em alguns programas dessas mídias, que invadem as mentes e falam como deverão ser a educação e o social nos lares, em escolas e no mundo. Enfim, a violência pede clemência nos campos e cidades, e, portanto, assim para todas as cores, tipos sanguíneos e idades.
Antônio Carlos Sampaio Machado, Águas Claras

Varig

A Viação Aérea Rio-Grandense (Varig) que era a maior empresa de aviação do Brasil, quebrou em 2006. E o PT de Lula, que estava no poder nessa época, foi o grande responsável pela sua falência. Quem afirma isso é Paulo Mendes, comandante da Varig por mais de 20 anos e que, até hoje, luta na Justiça para ter seus direitos trabalhistas pagos, assim como inúmeros colaboradores da empresa. Muitos adoeceram, perderam seus imóveis, a qualidade de vida caiu 100% e outros faleceram sem ter recebido seus direitos. Mendes lembra que a empresa começou a ter problemas em 2002, quando os petistas procuraram o então presidente da companhia Ozires Silva para que contribuísse para a campanha de Lula a presidente. Ozires deu um sonoro não. Depois disso, o então presidente do PT, José Dirceu, disse que se o PT fosse eleito, a Varig passaria a pão e água. E foi isso que aconteceu. Na crise, a companhia foi vendida por US$ 24 milhões para o grupo do chinês Larchan e revendida, meses depois, à Gol por US$ 275 milhões. Nesse negócio, Teixeira ganhou US$ 5 milhões. Pior: 15 mil trabalhadores ficaram na rua da amargura. A Varig venceu o imbróglio jurídico contra a União que dura quase duas décadas, no qual questionava prejuízos causados pela política econômica dos tempos da hiperinflação. O Sindicato Nacional dos Aeronautas e dos Aeroviários aguardam o pagamento que se arrasta há mais de 15 anos na Justiça. Lamentavelmente, a lei propicia chicanas jurídicas e procrastinadoras, em combinação com a falta de celeridade do Judiciário. Velocidade é vida, altitude é segurança de vida. Nenhum aeronauta colidiu com o céu. A Justiça, sim, colidiu e deixou muitos mortos e feridos!
Renato Mendes Prestes, Águas Claras

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