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Correio Braziliense
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postado em 10/12/2019 04:29
O calcanhar de Aquiles do Brasil

Alçado recentemente para a posição de sexta maior economia do mundo, à frente, inclusive, do Reino Unido, o Brasil, por outros parâmetros, talvez até mais coerentes, ainda terá muito chão pela frente, caso almeje mesmo se colocar em pé de igualdade com a maioria dos países do primeiro mundo. A começar pelo princípio, elevando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de sua população. Nesse quesito o Reino Unido ocupa a posição de número 28, em relação a 187 países avaliados, enquanto o Brasil esta na 84; posição.

Ainda no campo das ações primárias, quando a situação é a perda do desenvolvimento humano devido à distribuição desigual dos ganhos do IDH, o Brasil despenca para a posição 102. Essa queda brusca de colocação leva em consideração também as distorções existentes em nosso país quanto aos quesitos educação, saúde e renda.

De acordo com o Relatório Global de Desenvolvimento Humano (RDH) de 2019, apresentado agora pelo escritório nacional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), intitulado Além da renda, além das médias, além do hoje: desigualdades no desenvolvimento humano no século XXI, o Brasil, apesar de alguns avanços com relação ao IDH, permanece estacionado quando a questão é a desigualdade e a concentração de renda. Pelo estudo do PNUD, a fatia dos 10% mais ricos do Brasil concentra 41,9% da renda nacional. Sendo que o universo dos 1% mais ricos representa 28,3% da renda, o que equivale à segunda maior concentração de renda do mundo para essa parcela populacional, atrás apenas do Qatar, com 29%.

No entanto, o relatório do PNUD aponta para outras variáveis também fundamentais para entender o processo atual e mais focado que avalia essas novas desigualdades. ;Embora muitos concordem que a desigualdade é extremamente importante, o consenso sobre seu motivo e o que fazer a seu respeito é menor. Precisamos aprimorar os cálculos para melhor descrever o que é a desigualdade e para ter uma compreensão mais profunda de como ela mudará devido às transformações econômicas, sociais e ambientais que estão em desdobramento em todo o mundo. Só assim poderemos conceber as opções políticas que possam efetivamente enfrentá-la;, avalia o documento.

Um dos pontos defendidos pelo relatório diz respeito a promoção de políticas para o desenvolvimento na primeira infância, consideradas de fundamental importância para garantir o que chamam de condições de partida, logo nos primeiros anos de vida dos brasileiros. Para tanto, o documento ressalta a importância de o país vir a adotar uma política abrangente com diretrizes, ferramentas e padrões nacionais, envolvendo os principais atores desse processo, que são os pais, as famílias e as instituições educacionais na tomada de decisões.

Essas condições de partida podem determinar desigualdades num futuro próximo para as novas gerações. Essas políticas de combate às desigualdades devem se estender muito além da renda, indo na direção de intervenções ao longo da vida, em esferas como saúde e educação, de forma a aumentar as capacidades avançadas trazidas pelas novas tecnologias. Nesse sentido é preciso atenção aos ; desafios da mudança do clima e das transformações tecnológicas, duas forças que moldarão o desenvolvimento humano no próximo século;.


A frase que foi pronunciada


;Só depois que a tecnologia inventou o telefone, o telégrafo, a televisão, a internet,
foi que se descobriu que o problema de comunicação mais sério era o de perto. ;

Millôr Fernandes, pensante brasileiro


Novidade
; Sancionada a lei do deputado Leandro Grass que obriga todos os estabelecimentos comerciais a disporem nos banheiros masculinos e femininos um local para a troca de fraldas. Caso não seja possível, um cômodo paralelo e independente dos banheiros deverá ser construído para esse fim. Será responsabilidade da administração manter a higiene e privacidade do ambiente.


Chance
; Hoje começam as negociações com os devedores da Caixa. O ;Caminhão Você no Azul; vai atender até o dia 13. Já está estacionado no Setor Comercial Sul, Quadra 1, próximo à entrada da Galeria dos Estados, das 9h às 19h. De 16 a 20 de dezembro, na Praça do Relógio em Taguatinga.


Matemática
; Bem que a Justiça Volante poderia estacionar a van perto dos buracos de diversos pontos do DF. Rodas quebradas, pneus furados, suspensões afetadas são unicamente responsabilidade do governo. Asfaltos melhores não custam mais caro se durarem durante o período de chuva.


História de Brasília

O outro recado é para o senador Argemiro Figueiredo:Não apareça por lá, senador, tão cedo! As suas emendas foram um desastre. E mais: o povo não sabe nem do que se trata, mas é bom não aparecer, nem para explicar. (Publicado em 12/12/1961)

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