João Carlos Marchesan*
postado em 30/12/2019 09:44
Chegamos ao final de 2019 com expectativas muito animadoras para o nosso setor. Vivemos níveis históricos da taxa Selic, uma inflação controlada e um câmbio industrializante, que nos oferece novas possibilidades de crescimento.De seu lado, a carteira de pedidos do setor de máquinas e equipamentos subiu 2,3% em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado e 14,1% ante setembro, sinalizando melhora nas encomendas de bens não seriados, voltados para grandes projetos que costumam carregar margem melhor de lucro, principalmente para os setores de celulose e mineração.
Outro dado animador é que o consumo aparente de máquinas no Brasil disparou 33,7% na mesma comparação, para cerca de R$ 14 bilhões. No ano, o indicador acumula crescimento de 15,9%, atingindo R$ 107,24 bilhões.
A reforma da Previdência é outro fator que renova o ânimo, as propostas de desburocratização da economia e o próprio progresso na articulação política e econômica com o governo são fatores que também colaboram para a melhoria do ambiente de negócios do país como um todo, gerando perspectivas ainda mais promissoras.
Como resultado da interlocução com o governo, temos o lançamento do Programa de Melhoria Contínua da Competitividade, mediante trabalho feito em parceria inédita da Abimaq com a Sepec ; Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia e outras entidades da indústria.
Depois da realização contínua de estudos e trabalhos para detecção e levantamento do custo Brasil, no âmbito do nosso setor, conseguimos sensibilizar o governo e várias entidades de classe a ampliar o estudo para todo o país e o resultado foi o lançamento de um programa baseado em trabalho contratado por Entidades da Coalizão Indústria junto à Boston Consulting Group (BCG) com participação da Abimaq, com o objetivo de combater e reduzir o custo Brasil, executando nova metodologia de análise e governança para analisar e priorizar propostas com mais chances de melhorar o ambiente de negócios e a competitividade brasileira.
Além desses fatores, temos índices que indicam que o consumo das famílias está aumentando, o que deve gerar aumento no mercado interno. A segurança jurídica e outros fatores desencadeadores de um crescimento econômico sustentável nos fazem acreditar que os investimentos podem retornar, especialmente em infraestrutura, gerando novo ciclo desenvolvimentista.
Portanto, apostamos que 2020 será um ano de grandes transformações para o país como um todo e para o nosso setor em particular. Que venha 2020 e com ele as expectativas de crescimento e desenvolvimento que desejamos.
* Administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da Abimaq
* Administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da Abimaq