Correio Braziliense
postado em 06/01/2020 04:13
Transporte públicoCaminhando e cantando, diz a canção, mas, no caso do Distrito Federal, é verdade mesmo. Por vezes, é melhor caminhar que padecer no transporte público da capital do país. Não há o que celebrar. Soube de familiares que moram numa região em Planaltina em que não há transporte público que circule pelas estâncias de lá. Vi e vivi o sofrimento de quem toma uma condução voltando de um dia de trabalho ou de uma noite de faculdade. É uma correria para as paradas da W3, com medo de assaltos nas quadras 700. Pouco? Presenciei moradores de Sobradinho tentando chegar em casa após um cinema no centro de Brasília, mas, ao verificarem os horários e os itinerários, era só desgosto. Ligar para reclamar no DFTrans (atual Semob) de nada servia. Colegas de trabalho que chegam atrasados dia sim, outro também, ao virem de Brazlândia. De norte a sul do DF, a mobilidade é imóvel. A resposta é uma só: quem pode/deve resolver não usa o serviço público — e quando o faz é apenas para aparecer em redes sociais. Não se engane, caro leitor/cidadão/contribuinte. Enquanto existirem carros oficiais e salários astronômicos para as excelências do TCDF, da CLDF e do GDF, continuaremos a sofrer com o trasporte na capital do país. O seu ônibus vale muito mais do que o carro importado do executivo local. Acredite!
Rodrigo Leitão, Sobradinho II
Bancos
Sinto-me desabafado com a carta “Desrespeito” (Correio, 03/01). Há um ano, passei por situação desagradável na agência da Caixa Econômica Federal que funciona na Justiça do Trabalho, na 513 Norte. Apesar da Resolução nº 2.932/02, do Banco Central, regular o horário diferenciado das agências bancárias nas vésperas de Natal, em tal ocasião, a agência responsável por sacar os alvarás trabalhistas simplesmente não funcionou, ao contrário do que foi divulgado, fazendo com que advogados e trabalhadores topassem com as portas fechadas. Creio que, nessa época do ano, a má vontade predomina. Aqueles que servem ao público, seja no setor privado, seja no estatal, parecem que estão fazendo um favor, e não cumprindo uma obrigação. Em 31/12, tentei emitir uma guia de custas judiciais (sim, sou advogado, profissional liberal, e trabalhei no dia 31/12), mas o sistema do Banco do Brasil negou, sob a alegação de que a data da emissão era superior ao último dia útil do ano corrente. Como não houve atividade bancária em 31/12, mesmo sendo sabidamente um dia útil “parcial”, o boleto de custas deveria ficar para o ano seguinte, com os valores já reajustados. Somos reféns dos bancos, dos seus horários reduzidos, dos seus protocolos e dos seus caixas eletrônicos de má qualidade. A principal função das instituições bancárias é lhe dificultar que você mexa no seu próprio dinheiro. Como desejo para o novo ano, não me atenho apenas a saúde, paz e alegria. Desejo, também, que os fornecedores de serviços respeitem todos nós.
Ricardo Santoro, Lago Sul
Geração 2020
Fiquei bem impressionado com relatos de jovens que vão completar 20 anos em 2020 em matéria publicada neste domingo (05/01), no Correio. Apesar de se dizerem desiludidos com a política, demonstram convicção de que a democracia é o melhor sistema político que se tem e não aceitariam qualquer movimentação em direção a uma ditadura. Também é reconfortante saber que esses jovens estão dispostos a irem às ruas para defender seus direitos. Tomara que todo esse discurso não fique restrito às páginas do jornal, pois esses meninos e meninas são a esperança de que, um dia, teremos um futuro melhor e um país mais justo socialmente. São eles, efetivamente, com suas cobranças e votos, que mudarão o Brasil.
Cecília Castro, Taguatinga
Guerra
Faz bem o Brasil ao se manter neutro no conflito entre os Estados Unidos e o Irã. Primeiro, porque não temos nada a ver com as diferenças entre os dois países, ainda que venhamos a sofrer com uma possível guerra no Oriente Médio. O Brasil sempre foi um país voltado para a pacificação. A diplomacia brasileira sempre teve um papel relevante como mediadora em períodos turbulentos. Sabemos que o atual governo do Brasil está totalmente alinhado com o dos Estados Unidos, mas isso não quer dizer que devemos, por pura subserviência, apoiar todos os atos tresloucados de Donald Trump. Não podemos esquecer que muito do ataque dos Estados Unidos ao país persa tem por trás o interesse do norte-americano em se reeleger. Todo cuidado, portanto, é pouco. Que Jair Bolsonaro tenha um pouco de juízo.
Sandro Carlos, Águas Claras
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