Opinião

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Correio Braziliense
postado em 19/01/2020 04:05



Cultura


A pretensão governamental, exposta pelo então secretário de Cultura  Roberto Alvim, de adotar a metodologia nazista para orientar a produção artística do país, parece não ter incomodado os bolsonarianos. Talvez essa turma não tenha conhecimento suficiente sobre uma das maiores tragédias humanas do planeta, patrocinada por Hitler, que tinha como iminência parda Joseph Goebbels, para quem “uma mentira repetida 100 vezes torna-se verdade”. Mais de seis milhões de judeus foram vítimas do holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. Trata-se de fato recente, mas como esperar que os bolsonarianos tenham sensibilidade para tanto? Seria exigir demais. Talvez, por isso, não li, na edição desse sábado do Correio, nenhuma reação contra a ridícula encenação de Alvim, inspirada no nazismo para anunciar a instituição de um prêmio nacional de cultura. Ao justificar o plágio, Alvim que houve uma “coincidência retórica”. A emenda ficou pior do que o soneto. Ele não só copiou o nazista, como afirmou que concordava com as ideias do fascinora. Pior ainda foi a reação do Planalto. No primeiro momento, informou que não comentaria o pronunciamento do então secretário, que havia se desculpado. Mas a reação da comunidade judaica, dos presidentes da Câmara e do Senado, as ferrenhas críticas nas redes sociais e a repercussão internacional, colocaram o presidente contra a parede e ele não viu outra opção senão a de demitir o querido então secretário. Que vergonha!
» Paulo Henrique Evans,
Jardim Botânico



Marrom

A imprensa marrom não enaltece os feitos do governo bolsonaro. A preocupação é com os deslizes do presidente, simplesmente para alfinetá-lo e desmoralizá-lo perante a opinião dos sem recursos.
» Valdir Pereira Nunes,
Ceilândia



Comunismo e nazismo

A falta de conhecimento histórico é marca registrada do clã Bolsaro. Depois de uma sexta-feira de puro vexame, em que o dileto então secretário de Cultura mostrou para o Brasil e para o mundo a orientação ideológica de pelo menos boa parte dos ocupantes do governo, o deputado Eduardo Bolsonaro, afirma, pelo Twitter, que o comunismo é pior do que nazismo. A tuítada revela só a escassez de conhecimento formal do parlamentar sobre as tragédias mundiais. Afirmar que o holocausto, em que mais de 6 milhões de judeus foram cruelmente executados em câmaras de gás, tiveram os corpos calcinados, em que crianças foram mutiladas por pesquisadores nazistas é menos pior do que o comunismo, mostra a incapacidade do parlamentar para a vida pública. E, vejam, ele queria ser embaixador do Brasil em Washington. Sentia-se habilitado para exercer o cargo, pois tinha  experiência em fritar hambúrger na terra do Tio Sam. Para melhorar, ele tem que piorar muito.
» Giovanna Gouveia,
Águas Claras



Lucidez

O presidente Jair Bolsonaro foi rápido na tomada de decisão depois da aloprada apresentação, em cadeia nacional, do então secretário de Cultura Roberto Alvim. A encenação só não foi mais trágica do que o insano governo de Adolf Hitler. Não havia outra opção ao presidente senão a exoneração  do secretário, que ignorou a pluralidade cultural do Brasil e queria aprisionar a criatividade do brasileiro em uma camisa de força. Até quem perdeu a visão consegue enxergar tamanha estupidez. Mas os brasileiros inteligentes e de bom senso não perderam tempo. Reagiram e conseguiram acender a luz da lucidez nos corredores do Palácio do Planalto com intensidade suficiente para iluminar a tomada de decisão do presidente. Não há, portanto, como negar a sensibilidade de Bolsonaro ao clamor popular, principalmente de setores organizados da sociedade, como a comunidade judaica, que reagiu rapidamente à cena bizarra protagonizada por Alvim. Fascismo, nunca mais! Liberdade de criação, sempre!
» Walquíria Ramos,
Park Way


Cerveja artesanal

Termina hoje, no Pátio Brasil Shopping, o Beba do Quadrado, que é mais uma iniciativa, em nova edição, da Feira de Cervejas Artesanais do DF. São 18 cervejarias à sua escolha para degustação e bons bate-papos... Lá, no varandão do shopping, em frente à W3 Sul. As animações ficam por conta de bandas de Rock e a entrada é bem natural (simples assim): à forma popular  0800. Observamos que há um ambiente tranquilo, seguro e acolhedor e tudo envolto em um clima poético e, o melhor, a natureza trazendo uma ou outra garoa para deixar o clima mais atraente. Brasília se consagra como a capital do rock e da cerveja artesanal, entre muitas outras tradições consagradas, uma vez que temos — nas comunidades — importantes centros de convergências das culturas advindas de rinções de todo o Brasil. Vale a pena conferir!
» Antônio Carlos Sampaio Machado,
Lago Sul




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