Correio Braziliense
postado em 23/01/2020 04:34
Judiciário
O artigo da coluna Lido, Visto e Ouvido (14/1, pág. 9), a meu ver, curto, claro, objetivo e de grande alcance, sintetiza a atual esdrúxula situação em que se encontra o nosso país devido, principalmente, às ações danosas daqueles que receberam a incumbência da população de gerir os destinos da nação. Uma das últimas pérolas a ornar esse terrível contexto é o juiz das garantias. Na prática, como muitos entendidos afirmam, mais uma instância na Justiça. Portanto, garantia que esses bandidos de colarinho-branco, saqueadores de importâncias inimagináveis, surrupiadas dos cofres da nação, terão mais uma oportunidade de protelar as condenações pela Justiça, devidamente ancorados por profissionais famosos e altamente remunerados, podendo, inclusive, por prescrições das penas, se livrarem das punições pelas suas atrocidades cometidas contra o povo.
» Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga
» Quando vejo Gilmar Mendes, Rodrigo Maia, ABI, OAB, Fenaj e toda a mídia militante defender um criminoso que compactuou com hackers (Glen Greenwald), tentando criminalizar o ministro da Justiça Sergio Moro, para assassinar sua reputação e matar a Lava-Jato, fico cada vez mais convencido em ter votado certo, no presidente Bolsonaro. Repetirei o ato em 2022. O Brasil precisa urgente de uma faxina geral em todas suas instituições, especialmente as públicas. É trabalho gigantesco a ser feito nas próximas décadas, com foco especial no endurecimento das leis. Do contrário, jamais seremos uma democracia, apenas um paraíso da bandidagem.
» Félix Maier,
Águas Claras
» Outrora, o cidadão brasileiro tinha o Poder Judiciário como o setor da organização política e jurídica constitucional mais merecedor de respeito e admiração, pelo alto nível ético de seus integrantes e por sua valiosa contribuição para a defesa e efetividade dos princípios e normas constitucionais. Com o elevado conceito e prestígio junto à sociedade, alguns magistrados, em todos os níveis, começaram a se manifestar efusivamente pela imprensa, externando opiniões sobre questões jurídicas e políticas. Uma velha máxima, que é um princípio jurídico, segundo o qual “juiz só fala nos autos”, foi desprezada por magistrados com viés exibicionista em busca de vitrine (publicidade) nos meios de comunicação. Com essa exposição fora dos autos, esses magistrados começaram a comprometer de modo sério o prestígio e imagem do Poder Judiciário, pois, em muitos casos, ficava explícito, além do exibicionismo, a manifestação de parcialidade política. Recentemente, uma denúncia, tendo por base elementos concretos de comprovação, revelou que magistrados estão vendendo decisões. Trata-se de postura nefasta e vergonhosa! O Conselho Nacional de Justiça, na maioria dos casos, aplica a benevolência e a indulgência aos seus pares, por meio de uma punição administrativa, com aposentadoria compulsória e manutenção de elevada remuneração. É conveniente e oportuno assinalar que essas absurdas e brandas punições, além de eticamente reprováveis implicam também uma ilegalidade, por contrariar disposições da Lei Orgânica da Magistratura.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Clareza
Li e fiquei triste com a carta de um leitor que reproduziu um trecho de uma carta da minha lavra recém publicada por estse jornal. Percebi que ele entendeu o conteúdo do meu texto. O que me entristeceu é o fato de ele não ter compreendido ainda o quadro terrível que o país vive com a extrema direita no comando da nação. A cada dia, os trabalhadores têm direitos revogados. Diante da falta de recurso e a inarredável preocupação em agradar banqueiros, latifundiários, grandes empresários, em resumo, a elite que detém mais de 50% da riqueza nacional, a equipe econômica decidiu deixar o pobre mais pobre. Para custear a desoneração da folha de salário das empresas, o trabalhador demitido receberá uma parcela do salário-desemprego 7,5% menor. A redução dos juros do cheque especial não é nenhuma bondade. O correntista pagará 0,25% sobre o saldo de R$ 500 ou mais, para que os banqueiros sejam compensados com a diminuição de mais 300% para 170% de juros sobre o cheque especial, como estabeleceu o Banco Central. Lamento que o amigo leitor não consiga compreender o que está acontecendo no país com a mesma clareza com que interpretou a minha carta.
» Ricardo Afonso de Oliveira,
Jardim Botânico
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