Correio Braziliense
postado em 29/01/2020 04:06
Witzel X Mourão
A ambição pelo poder e pelas mordomias que os cargos oferecem tem levado uma grande maioria dos cidadãos comuns e outros com visibilidades na mídia a disputarem um cargo na política. Sem contar os que estiveram no poder e não foram reeleitos e fazem de tudo para retornar novamente ao poder. E, se não bastasse, ainda somos obrigados a conviver com os casos de políticos sem ética que estão no poder querendo de qualquer forma aparecer na mídia. Um exemplo foi noticiado no jornal Bom dia Brasil, da Rede Globo, mostrando o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, telefonando para o presidente em exercício, general Hamilton Mourão, de dentro do seu carro, colocou o aparelho em viva voz e mandou seu assessor filmar.O poder é perigoso. Atrai e corrompe os melhores. Por essa razão, tomamos conhecimento todos os dias, por meio dos noticiários, dos estragos que vêm acontecendo na economia de alguns estados e municípios brasileiros. E sabe por quê? Porque o poder caiu nas mãos de pessoas ambiciosas e inescrupulosas que ignoram os valores, ética e fazem uso do dinheiro público a benefício próprio.
» Evanildo Sales Santos,
Gama
» Depois da sabujice com Gabigol, ajoelhando-se aos pés do jogador, o governador do Rio de Janeiro mostrou-se deselegante, demagogo e mal-educado com o presidente em exercício, gravando, filmando e divulgando, sem conhecimento e autorização do general Mourão, conversa onde relata visita que fez a áreas atingidas pelas enchentes.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Pobreza e natureza
O ministro Paulo Guedes foi a Davos representar o presidente da República. Entre as várias pérolas que defendeu, disse: “O responsável pela devastação do meio ambiente é o pobre”. Ora, se o ministro é rico, não seria crível que acusasse a sua classe, que é apenas 2% da população brasileira. Contudo, nada prometeu para acabar ou melhorar o que afirmou. Mais uma pecha para quem vive de salário de fome; não tem condições físicas nem máquinas para derrubar árvores; não é dono de fazendas; defende as florestas e a fauna; não tem fábricas poluidoras; não produz petróleo; come pouco, não usa gás de cozinha; e não usa chuveiro elétrico, nem papel higiênico e é enterrado com o único bem: uma rede velha de dormir cheia de remendos, carregado num andor: dois paus e quatros pontas.
» Evilázio Viana Santos,
Asa Sul
Gols de Bolsonaro
Bolsonaro marcou dois gols na semana passada: a indicação de Regina Duarte para a Cultura e de Hamilton Mourão para chefiar o novo Conselho da Amazônia, que coordenará a política do governo para o desenvolvimento sustentado e a proteção ambiental da região. São pessoas respeitadas e isso parece indicar que o governo quer sair de sua posição defensiva nessas duas áreas, com muita retórica, políticas inconsistentes e grande desgaste. As novidades sugerem que Bolsonaro ganha confiança e desenvoltura, o que também pôde ser visto na visita à Índia. Mas, na mesma semana, houve a ameaça de retirar a área de Segurança Pública do Ministério de Sergio Moro, seu aliado de primeira hora e fiador moral do governo. Isso lhe traria perdas políticas irreparáveis. Felizmente recuou a tempo. Com paciência e bom senso Bolsonaro poderá fazer, ainda neste ano, tudo o que pensou fazer, sem desgaste e perdas políticas. Basta indicar Moro para o STF no lugar do ministro Celso de Mello. Daria a Moro um cargo digno, melhoraria a composição do STF e ficaria à vontade para dividir a pasta da Justiça e indicar dois novos nomes que ampliem sua base política. Pessoas honestss e competentes, focadas no combate à corrupção e ao crime organizado, espera-se.
» Ricardo Pires,
Asa Sul
Moro
O heroísmo do ex-juiz Sergio Moro aos poucos está sendo naufragado. Nas últimas pesquisas (CNT/MDA), ele teve menos de 2,5% de intenção de votos, enquanto o presidente alcançou 29,1%. Essa queda brusca reflete as desavenças de Moro com o presidente Bolsonaro e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em relação ao pacote anticrime, que não seguiu os pontos-chaves defendidos por Moro, como no caso do juiz das garantias, duramente criticado por ele, atingindo o presidente da República, que não o vetou. Outra causa que rebaixou muito o ex-juiz foi a teima com o governador Ibaneis Rocha, que não concorda com a vinda de Marcola e outros membros do PCC para o presídio federal de Brasília. Agora, com a intenção de recriação do Ministério da Segurança Pública, o ex-juiz, caso isso se confirme, não responderá mais com ironia, como fez, dizendo ao governador: “Os criminosos ficam dentro do presídio e não fora dele”. Ele deu a entender, como critica, que com os de Brasília isso ocorra. Mas não é só: A notícia da recriação do ministério criou o segundo presidente da República: “Se ocorrer, eu saio”.
» José Lineu de Freitas,
Asa Sul
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