Correio Braziliense
postado em 10/02/2020 04:05
CarnavalSorria, já é carnaval! O carnaval mudou muito, virou comércio, o que interessa é dinheiro dos turistas que vêm assistir ao espetáculo. Agora, o samba da Mangueira é um dos mais lindos que ouvi este ano... A bateria é única, perfeita, maravilhosa. Samba forte, perfeito para fechar o desfile e garantir o campeonato. Vamos com tudo Nação Verde Rosa. Sou Mangueira até morrer. Supercampeã sempre. O desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro me seduz. Quantas cores, quantos tons, quantas belezas! É a vida da arte e da cultura brasileira, que são renascidas a cada batida do pandeiro no carnaval que celebramos juntos as várias nações de um mesmo Brasil. Esperamos que depois dele o país acorde para as realidades tristes do desemprego, e das reformas administrativa e tributária, da sujeira da corrupção de que não conseguimos nos livrar, da violência desmedida no Rio de Janeiro. E para tanto mais que assombra o nosso país. Carnaval vem aí. A maior festa popular do Brasil enfeita e colore o país de alegria de norte a sul. Prepare a fantasia, o abadá, o confete e a serpentina e boa folia! Carnaval: festa popular que antecede a Quaresma. Além do famoso carnaval do Brasil, sobrevivem ainda os de Nice, Veneza, Colônia, Nápoles, Florença e Nova Orleans.
» José Ribamar Pinheiro Filho,
Asa Norte
Aposentadoria
O Supremo Tribunal Federal, pela segunda vez, não reconhece o trabalhador aposentado que se vê obrigado a voltar à ativa, pois o valor do benefício é miserável para quem era empregado da iniciativa privada. Raramente alguém consegue receber o teto pago pelo INSS. Os cálculos conspiram contra os direitos de quem trabalhou 30 anos ou mais. Mesmo que tenha contribuído para o instituto por mais de uma fonte, isso é desconsiderado. As contas são sempre no sentido de reduzir o valor do benefício, diferentemente de quem ocupa uma vaga do setor público. Então, o STF, casa de acepipes e mordomias infindáveis, julga contra os trabalhadores. Revela-se uma Justiça que compactua com a injustiça social. É fajuta a alegação da Alta Corte de que seria necessário uma lei para que o INSS revisse o valor pago a quem é aposentado e segue por mais de uma década contribuindo para o caixa da Previdência. Quando os supremos magistrados têm interesse, eles mudam ou derrubam leis para atender a quem nunca saberemos. Então, não é preciso lei para tudo, mas interpretações que favoreçam os trabalhadores. E será que os ministros sabem o que é ser um trabalhador da iniciativa privada neste país?
» Giovanna Gouveia,
Águas Claras
Disposição
Na página frontal do Correio (9/2) se vê, em foto na Praça do Museu da República, uma imensa multidão aglomerada e, abaixo da imagem, o texto: “O tempo frio e as fortes chuvas ao longo do dia não conseguiram diminuir a animação de milhares de foliões”. O que se observa pela imagem, como é natural em eventos dessa natureza, é que a maioria são jovens. Pena é que muitos desses jovens não encontram a mesma disposição para enfrentar as ruas em protestos cívicos, como os de que pude participar, cujos participantes pleiteavam o fim da corrupção no país, ética na política, no Judiciário e no meio empresarial, a punição dos envolvidos pelas ações de desvio de dinheiro público para fins ilícitos, e sendo que um dos principais objetivos é buscar um futuro melhor, livre, próspero e sem corrupção para essa mesma juventude.
» Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga
PT, 40 anos
Na festa dos 40 anos do PT, Fernando Haddad disse que “temos que botar os fascistas para correr”. No dicionário dos petistas, fascistas são todos os que não concordam com eles, ou seja, 57 milhões de cidadãos. É a minoria querendo botar a maioria para correr. O deputado Marcelo Freixo convocou os presentes a “destruírem o governo Bolsonaro”. Destruir? Artistas assinam manifesto internacional de denúncia contra a censura no atual governo, apesar de que quem falava em censura era Lula e de que a única censura notada, até agora, foi baixada pelo STF contra a revista Crusoé. Disseram que a democracia corre perigo e se propõem a salvá-la, mas passaram 13 anos no poder e não fizeram reforma da Previdência, nem tributária, nem política, nem eleitoral, nem judiciária, nem diminuíram o número de homicídios, nem defenderam mulheres, índios, negros, crianças, floresta, população de rua, nem fizeram saúde, nem educação de qualidade, nem completaram a ferrovia Norte-Sul, nem pavimentaram a Transamazônica, nem abriram poços artesianos no Nordeste, nem coibiram a corrupção; elevaram a taxa Selic a 14,5%, a inflação a 10,68% e derrubaram o PIB a 3,8% negativos, perderam o grau de investimento. Agora, não apresentam projeto de país e usam discurso de ódio com termos como destruir, fuzilar, botar para correr, atacar, fazer correr sangue, dar uma boa cova. O PT e toda a esquerda precisam se renovar, parar de usar chavões démodés e reacionários e produzir ideias inteligentes e progressistas. Apesar das fraudes que cometeram, perderam a eleição, mas não se conformam e querem tomar o governo por meios não democráticos, como José Dirceu deixou claro ao afirmar que vão voltar ao poder, mas que isso não significa ganhar eleição. Em qual outro caminho pensam? É naquele que estão tentando no Chile e que já foi indicado por Lula: atacar. É preciso algo mais para identificar quem são os fascistas?
» Roberto Doglia Azambuja,
Asa Sul
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