Opinião

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Correio Braziliense
postado em 15/03/2020 04:15
Blindagem

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, culpou o presidente Bolsonaro pelo baixo crescimento do PIB em 2019, atribuindo o fato à má relação do presidente com o Congresso. Cobrou urgência do governo na apresentação de medidas que aqueçam a economia, a começar pelas reformas tributária e administrativa, segundo noticiou o Correio (11/março). No entanto, na mesma página, o Correio informa que o ministro da Economia, Paulo Guedes, esclareceu que a aprovação de uma série de medidas em tramitação no Congresso é imprescindível para que o Brasil possa contornar a crise mundial deflagrada pela pandemia do coronavírus.  Refere-se a três propostas de emenda constitucional, duas medidas provisórias e 14 projetos de lei, dentre os quais um desde o século passado, o PLP 200/1989, que dispõe sobre a autonomia do Banco Central; o PL 6229/2005, sobre recuperação judicial, encaminhado pelo então presidente Lula; cinco outros projetos de lei encaminhados entre 2013 e 2018, propostos pelos então presidentes Dilma e Temer; e 12 projetos de lei enviados pelo presidente Bolsonaro em 2019. Essas medidas em tramitação no Congresso podem não eliminar a crise que se instala no planeta e que terá reflexos no Brasil, mas ofereceriam uma boa blindagem para evitar uma nova recessão. A realidade é que o Brasil, que ainda não se recuperou da maior recessão de sua história, provocada pelo governo Dilma, sofreria um grave retrocesso socioeconômico. Está, pois, nas mãos dos senhores senadores e deputados oferecer as ferramentas indispensáveis que lhes foram solicitadas para a recuperação e proteção da economia nacional. Em síntese, quem, neste momento, melhor pode contribuir para a proteção da economia e a retomada do desenvolvimento socioeconômico do país, são, sem dúvida, os senhores presidentes da Câmara e do Senado.
» Cid Lopes,
Lago Sul


Sem fantasia

Bolsonaro, entre as muitas bobagens que vocifera, afirmou que a crise provocada pelo coronavírus era uma fantasia criada pela imprensa. O presidente mordeu a própria língua, e se fantasiou com máscara, ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para pedir aos seus asseclas que repensassem as manifestações contra o Legislativo e o Judiciário, previstas para este domingo. Vale lembrar que foi ele quem incitou seus adeptos ao movimento antidemocrático. Falta ao presidente, por inexperiência de executivo e por limitados conhecimentos, comportamento adequado para administrar o país. E o superministro da Economia também não tem ajudado. Paulo Guedes aponta o dedo para o Congresso e pede rapidez na votação de reformas que só terão impacto a médio e longo prazos. Mandetta, ao contrário, tem gerenciado com maestria a crise causada pelo coronavírus. O titular da Saúde foi rápido na tomada de decisões e tem sabido, com a presteza que situação exige, se comunicar, e bem, com a sociedade, colocou a imprensa ao seu lado para disseminar informações de qualidade. Falta a Mandetta colocar ordem na saúde pública do país, enquadrar os secretários para que haja qualidade no atendimento à população.
» Evaristo Carvalho,
Lago Norte


Diferenças


Vejam a diferença. O Senado dos EUA aprovou pacote de 8 bilhões de dólares para combate ao coronavirus. Aqui, nosso Congresso aprovou quantia semelhante para as emendas parlamentares. Já trabalhei com convênios referentes às tais emendas e conheço muito bem os destinos dos recursos nelas carimbados, na maioria dos casos: uma metade desaparece e a outra é aplicada em “projetos” sem ligação nenhuma com as prioridades nacionais ou locais. Servem apenas ao interesse eleitoreiro dos respectivos autores.
» Marcus A. Minervino,
Lago Sul


Prudência

Às vezes, boca fechada evita consequências desagradáveis. Na Bíblia  Sagrada está escrito que quem sabe controlar a língua é prudente. Diz ainda que os sábios falam pouco e escutam mais. Tem um  ditado que diz que um grande bosque pode ser incendiado por uma simples fagulha e que assim também,  a língua é um fogo. Estamos vivendo no Brasil uma falta de domínio, pelas autoridades constituídas, do órgão muscular língua e que  poderá causar grandes transtornos ao nosso país. Está na hora de dar uma freada. A esquerda brasileira está tirando proveito disso e o resultado poderá ser catastrófico. A língua é tão perigosa que, conforme está escrito em Próvérbios 17:28, que “até o tolo, estando calado, é tido como sábio”.  Deixo aqui um conselho  para quem a carapuça servir: comece a usar a comunicação não verbal, utilizando de gestos. Talvez o estrago seja menor. Cuidado, exercite o autocontrole para  que  não  venha fazer gestos obscenos.
» Jeovah Ferreira,
Taquari



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