Opinião

Pensar primeiro no coletivo

Correio Braziliense
postado em 20/03/2020 04:04
A pandemia do novo coronavírus assusta. A cada dia que passa, o aumento da confirmação de casos de Covid-19, aliado a um aumento das medidas restritivas para conter a disseminação entre a população, traz uma sensação de insegurança grande, mas ao mesmo tempo oferece a oportunidade de sermos ainda mais solidários. É a vez de pensar no coletivo, deixando de lado as escolhas pessoais.

Vivemos uma onda diária de medidas provisórias e decretos. O primeiro ponto que precisamos ter em mente é que não se muda a cultura de um povo por meio de normas. Só com campanhas de conscientização é possível aumentar a civilidade, a responsabilidade e a solidariedade.E esse é o desafio do momento: jogar no lixo o egoísmo, o individualismo e a indiferença.

Se o seu passatempo favorito não pode ser realizado no momento por conta das restrições impostas para evitar a disseminação do novo coronavírus, paciência. Arrume outro. Cinemas, teatros e shoppings estão fechados; eventos esportivos, paralisados. Tudo em nome do bem comum.

O momento agora é de não pensar apenas em si. Mas sim de cuidar do outro, principalmente dos mais vulneráveis. Esqueça o discurso de “não sou do grupo de risco” ou de “é uma doença de idosos”. É feio e não cola. Mesmo que a Covid-19 possa parecer um “simples resfriado” na maior parte dos pacientes, e muitos serão assintomáticos, a transmissão do vírus pode ser fatal para pessoas próximas, como parentes, amigos e vizinhos. O problema de saúde pública é coletivo.

Então, tome todas as precauções possíveis. Lave a mão com água e sabão, use o álcool em gel, circule somente o necessário pela cidade, fique em casa. Tem uma semana que faço a mesma pergunta para mim, antes de dormir: “Agi bem coletivamente hoje? Como eu poderia ter melhorado?” Tente encontrar a resposta. Sem filtros. Acredite. Fará bem.




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