Correio Braziliense
postado em 26/03/2020 06:00
“A união faz a força” é provérbio muito conhecido e facilmente compreensível. Com palavras simples e clareza solar, expõe uma verdade que ninguém ousa contestar: a importância de trabalhar em conjunto para conquistar grandes resultados.
Michael Jordan, ex-jogador norte-americano de basquete que se tornou um dos maiores atletas de todos os tempos, reafirmou o dito com uma frase lapidar. “O talento vence jogos”, disse ele. “Mas só o trabalho em equipe ganha campeonatos.”
Nada mais apropriado do que lembrar o óbvio quando se vive um momento de estresse como o que o mundo atravessa. Impõe-se somar e multiplicar, nunca subtrair e dividir. Presidente, governadores, prefeitos e demais responsáveis pela administração da pandemia precisam se entender a fim de chegar a denominador comum. Qual é a hora certa de relaxar o confinamento para evitar o colapso da economia?
Vale lembrar que não se trata de jabuticaba a preocupação com as consequências da redução drástica da atividade econômica. Donald Trump, que comanda a maior potência do planeta, tem revelado apreensão com o prolongamento da crise que reduz abrupta e drasticamente a circulação de pessoas e, com isso, causa prejuízos ainda incalculáveis a setores como serviços e comércio.
O presidente Jair Bolsonaro revela a mesma angústia. É natural. É natural, também, a busca de consensos. A questão não se resume à alternativa saúde ou economia. A questão é aditiva: saúde e economia. A dinâmica sanitária deve conviver com a dinâmica econômica e com as diferenças regionais.
Definir a estratégia para adicionar em vez de excluir exige a participação de todos. O verbo é cooperar. Entre as diferentes vozes – da saúde, da economia, da política, da sociologia – uma deve falar mais alto. É a voz da ciência. A vida está acima de tudo. A Associação de Medicina Intensiva Brasileira disse que apoiará ações do governo para a liberação da quarentena “no momento correto”.
Qual é a hora certa? O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse que vai começar hoje a flexibilização da quarentena. Em 15 dias, segundo ele, a vida estará normalizada. Espera-se que a decisão – dele e dos demais chefes de Executivo – seja guiada por critérios técnicos, não eleitoreiros.
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