Correio Braziliense
postado em 08/04/2020 04:13
Usando uma metáfora do filósofo grego Platão, contida em sua obra A República, em que dialoga com seu mestre Sócrates, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, deixou cristalina como a água sua intenção de se pautar pelo conhecimento e a ciência, sempre, na guerra contra a pandemia do novo coronavírus, que vem conduzindo tão bem desde que a Covid-19 chegou ao país. Isso no dia (anteontem) em que esteve praticamente fora do governo - chegou a revelar ter esvaziado as gavetas de seu gabinete —, mas foi mantido no cargo, o que resultará em benefícios concretos à população brasileira, pois sua intenção primeira é salvar vidas.
Fez bem o ministro em defender, novamente, as recomendações da maioria da comunidade médica e científica e da Organização Mundial da Saúde (OMS), no sentido de que a permanência das pessoas em suas casas é a melhor arma contra a disseminação descontrolada do coronavírus. E valorizar a ciência — atacada por variados setores do governo em nome da necessidade de não deixar à mingua a atividade econômica —, que aposta no controle da circulação das pessoas para conter a pandemia.
É dever dos governantes se preocupar, também, com a questão econômica, mas a prioridade tem de ser a proteção dos cidadãos, cujas estatísticas de óbitos pela Covid-19 crescem a cada dia. Que sejam seguidos no Brasil os exemplos de praticamente todos os países do mundo afetados pelo novo coronavírus, inclusive os Estados Unidos de Donald Trump: a aposta no isolamento social depois da constatação da virulenta propagação da doença.
Saiba Mais
Hoje, o ministro da Saúde tem o apoio de colegas militares na Esplanada dos Ministérios, que atuaram junto ao presidente Jair Bolsonaro para a permanência de Mandetta. Anteriormente, tinha recebido apoio de dois expoentes do governo, Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), em sua defesa da política de distanciamento social. Também conta com apoio expresso da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, que veem nele a esperança na condução bem-sucedida dessa luta sem data para terminar e um medicamento comprovadamente eficaz. Como disse, acertadamente, Mandetta: “Nosso inimigo tem nome e sobrenome: Covid-19”. O país só tem a ganhar com sua permanência à frente do Ministério da Saúde. É a certeza de que estamos na direção correta.
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