Correio Braziliense
postado em 08/04/2020 04:13
A verdade construída e destruída
Com o advento e a disseminação das mídias sociais em todo o mundo, ao menos duas verdades microscópicas, perdidas em meio a um oceano de fake news, podem ser encontradas: a primeira é que não se pode mais prescindir desses canais para a feitura de qualquer veículo de imprensa e comunicação. A segunda é que, mesmo entre as espumas e o mar agitado dessas redes mundiais, misturadas entre as ondas de fatos e ficções, há verdades represadas oficialmente pelas autoridades e, naturalmente, não divulgadas ao grande público. A esses fatos futuros, ainda em sua forma embrionária, são afixados rótulos dos mais diverso com a intenção óbvia de desacreditá-los .
Muitas dessas notícias passam a ser classificadas como teorias da conspiração ou, simplesmente, como fatos não verificáveis. Claro que a imprensa não pode se valer de informações não checadas para construir seus conteúdos, sob pena de vir a ser desacreditada pelo público. Por isso mesmo, tem sido cada vez mais árduo o trabalho da imprensa em informar com precisão, num mundo que parece ter encontrado na ficção uma fórmula para aceitar a realidade diária.
Não se pode construir uma simples verdade nem com mil tijolos de mentiras. O fato é que é preciso estar atento as infinitas versões que brotam de todo lado e que parecem formar um gigantesco quebra-cabeça muito crível. Em outras palavras, o que se tem é o que é possível, juntando às diversas informações dispersas nesse oceano da Internet, sobre um tema que intriga milhões de pessoas nesse instante, compor um quadro com muita exatidão do que ocorre muito longe dos olhos do grande público.
Entre esses fatos que, rotulados propositadamente por seus detratores de teorias da conspiração, foram sendo pacientemente montados, peça por peça, para formar um panorama, ao mesmo tempo crível e perturbador, tem-se o que parece ser a história mais significativa desse início de século.
Desde que o presidente Trump, dos Estados Unidos, resolveu acabar com o superavit comercial inexplicável da China em suas relações comerciais, deu-se início a uma guerra inédita de tarifas alfandegárias, que os especialistas no assunto temiam, porque não sabiam no que resultaria. É sabido que a China não investe nos moldes tradicionais dos países capitalistas. Ela simplesmente compra, seja aeroportos, portos indústrias e toda a infraestrutura que lhe interessa.
Isso tem por base uma estratégia muito bem arquitetada pelo Partido Comunista Chinês, que é própria e diferenciada do resto do mundo e que foge dos manuais do capitalismo ocidental. São investimentos que visam reforçar sua presença estratégica e física no mundo. Já não é segredo para ninguém que, por trás das montanhas de recursos que despejam em outros países, muitos dos quais necessitados desses financiamento aparentemente generosos, estão embutidos projetos que vão muito além de seus aspectos puramente econômicos.
O PCC, em nome daquele país, tem projetos para o mundo todo, inclusive para o Brasil, onde a presença chinesa tem, desde que a esquerda chegou ao poder no início desse século, se espalhado como uma espécie de vírus. A questão aqui é saber onde começa a teoria da conspiração e onde terminam os fatos.
A frase que não foi pronunciada
“As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.”
Friedrich Nietzsche, filósofo prussiano
Amar ou deixar
Agora que todos sabem que a equipe do presidente vai continuar coesa, vale conferir no Blog do Ari Cunha a fala do ministro Mandetta. Explica tudo sem manobras vernaculares e pede para todos trabalharmos juntos.
Doação
Também no Blog do Ari Cunha, um flyer entregue pela nossa colega Rosane Garcia. A Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua precisa de ajuda para os desempregados informais. Quem quiser colaborar, o contato é 99289-8079.
Arte Professor
Nagib Nassar, gosta de reunir os amigos para o projeto cineliteratura. Agora, em quarentena, todos assistem os filmes em casa e o professor compartilha a crítica. Livros que se transformam em cinema também são avaliados.
Profissional
Exímia em caligrafia, a professora Fátima Montenegro descreveu a situação dramática que está passando o presidente Bolsonaro. Em tempos normais é uma das profissionais mais procuradas principalmente por concurseiros.
Cobrar de todos
Nada de máscaras usadas pelos funcionários de padarias, supermercados, farmácias. Os próprios clientes podem cobrar a segurança do ambiente. Falta urbanidade. Interessante que os quiosques independentes de supermercados que vendem alimentação à parte não estão funcionando.
História de Brasília
Na W-3 há outro desrespeito. São casas residenciais ocupadas por comércio, inclusive cartórios. O prazo dado pela Prefeitura foi até 31 de dezembro, mas ninguém obedeceu, e novas placas estão surgindo.
(Publicado em 4/1/1962)
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