Correio Braziliense
postado em 16/04/2020 04:14
Quarentena
Dessa Terceira Guerra Mundial, infelizmente, vem-nos uma gama enorme de informações. Chegam-nos — toda hora e todo dia — recomendações e mais tomadas de cuidados essenciais e necessários por parte dos órgãos de saúde pública e das entidades da área privada. Há, de fato, muitas informações que são proferidas com bases científicas e com boas fontes rumo aos esclarecimentos à população indefesa, que continuamos a sofrer os efeitos psicológicos nessa quarentena. E vai nota zero às fake news e às tentativas de golpes no auxílio do governo federal. E o tempo passa, e observa-se tendência dos países em importar os produtos farmacêuticos e terapêuticos lá das bandas da China. Ora, ora... E algo fora planejado? Por que aquele país, de certa forma, se preveniu naqueles atendimentos ou no tentar atender ao mundo afora? Há ene mistérios e há muitos ministérios. Então, as recomendações são para o isolamento social. No entanto, aquele país continua em bom ritmo de produção? Ficamos, assim, em nossas reflexões e continuaremos mantendo os cuidados necessários, fazendo súplicas ao Menino Deus (que vive e Reina) e à Santíssima Trindade para que nos livrem dessa criminosa pandemia. Parabéns ao Correio Braziliense pelos importantes e ricos editoriais, reportagens e artigos sobre a maior/pior crise de saúde pública em que estamos inseridos.
Antônio Carlos Sampaio Machado, Águas Claras
Mandetta
Dias atrás, já confinado, expus aqui, neste espaço, minha satisfação e fiz altos elogios só ao ministro Mandetta, da Saúde. Errei. Dois dias após, eu me arrependi. Sou humano. Lamentavelmente, o ministro desviou seu foco. O da pandemia, que castiga o mundo e nosso amado Brasil. Mandetta resolveu politizar a Covid-19. Talvez, a mando de Maia, Doria e Witzel que tentam desmoralizar o governo federal. Mas o ministro foi inconsequente ao dar uma entrevista ao programa dominical da Globolixo. Bateu de frente com o presidente Bolsonaro. Com certeza e, se ele tiver hombridade, pedirá para sair ainda nesta quarta-feira. Frustrei-me pois acreditava na simplicidade do ministro. Vida que segue. Tchau, querido!
Jose Monte Aragão, Sobradinho
Quando os sentimenos rasteiros dominam a mente e o coração de uma pessoa, a sua visão fica turva. Ela perde o discernimento. Perde a capacidade de enxergar o que é certo, lógico, sensato. Evereda-se por caminhos obscuros, com consequências imprevisíveis. A semana para os brasileiros começou assim. O luto se espraia entre dezenas de famílias brasileiras, que choram a perda de seus entes queridos para o maior inimigo invisível deste século, o coronavírus. O número de óbitos aumenta a cada 24 horas em altíssima velocidade. O pior da crise provocada pelo vírus ainda está por vir, o que os especialistas chamam de pico da curva de progressão da pandemia no país. Prevêem que isso ocorrerá entre o próximo mês e junho, época em que as epidemias conhecidas, como dengue, zika, chicungunha e a influenza N1H1 explodem e são capazes de produzir mais óbitos e deixar sequelas permanentes nas vítimas. No campo das decisões sobre os destinos do país, os conflitos se agigantam. As divergências contaminam as relações entre os Três Poderes. A névoa densa da discórdia distancia os chefes dos poderes da linha do equilíbrio. Quando o país mais precisa de atitudes ponderadas e responsáveis e convergentes, pautadas pela preocupação de salvar vidas, o discenso predomina entre as autoridades. Que triste crônica histórica o poder escreve neste momento para o infortúnio da nação.
José Emiliano Borba, Águas Claras
Redes sociais
Além de facilitar de maneira extraordinária as comunicações planetárias, as redes sociais deram voz a quem não as tinha, ou que não conseguiam expandi-la de maneira a alcançar mais do que seu círculo íntimo. Foi uma estupenda revolução que mudou a forma das pessoas pensarem e agirem. A onda global de fake news que causa forte impacto sobre as redes, sobretudo na Europa, produzindo um enorme dano às suas imagens, não pode ser comparada ao que se viu no Brasil destes últimos dias. Em todo o mundo as pessoas passaram a buscar informações sobre o coronavírus em fontes confiáveis, nos veículos profissionais de notícia, com medo de se contaminarem pelas fakes disseminadas. Aqui, a avalanche de mentiras é tão grande e contínua que as redes acabaram sendo desmoralizadas. O efeito dessa onda é de tal maneira devastador que até mesmo um post do presidente da República foi retirado do ar pelo Facebook por ser mentiroso, mas apenas depois de causar enorme estrago. É verdade que, de um lado, as redes têm altíssimo valor nessa pandemia, sendo usadas pelos entes oficiais da saúde para se comunicarem e por empresas para se conectarem e atender aos seus clientes. Por outro, elas têm sido instrumento que podem resultar até em mortes. O fato é que, por isso, as pessoas começam a se desligar. Pode ser difícil, para alguns será como mergulhar no mar numa noite escura. Mas um pouco mais de cuidado com o que se lê e com o que se compartilha não fará mal a ninguém. Em alguns casos, é melhor cair fora mesmo.
Renato Mendes Prestes, Águas Claras
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