Opinião

Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 17/04/2020 04:04



Governo distrital

Afora empresas, fundações, institutos etc., o organograma do GDF contempla três níveis de competência executiva direta. São eles: Gabinete do Governador, as secretarias e as administrações regionais, as RAs. Ao governador incumbe a diretriz geral do plano de governo. Aos secretários, a execução setorial do programa de governo. E aos administradores regionais, a execução no varejo de atividades que têm a ver com o dia a dia das pessoas nos mais diversos bairros da cidade. Dito isso, a pergunta é: quem é e onde está o administrador de Brasília (RA-I) que não enxerga a falta de lixeiras e sanitários públicos ao longo das avenidas e superquadras do Plano Piloto; placas e outros indicadores de endereços caindo aos pedaços ou sequer existindo; iluminação pública precária nos mais variados locais; praças sem urbanização na faixa 700 da W3 Norte; precaríssimo acesso de cadeirantes, principalmente nas travessias das quadras 300 para as 700, 600 e 900; obstrução de calçadas por comerciantes; grandes e velhas árvores ameaçando desabar sobre casas e avenidas; calçadas e ciclovias em processo de degradação; invasão da cidade com propaganda ilegal; estacionamento irregular sobre espaços gramados; aumento descontrolado de puxadinhos em prédios comerciais? Se é que existe a figura do administrador aqui pelas Asas sessentonas, aqui vai uma sugestão:  administrador, de vez em quando (se tiver tempo!) pegue o carro e dê um passeio pela cidade para ver se ela “vai bem, obrigado!”

Arlindo Jerônimo Ferreira,  Asa Norte



Pandemia

O povo sofre. Mas não se entrega à  desesperança. É tomado por luz divina que fortalece o espírito. A solidariedade conforta a alma. Pessoas que têm pouco para o próprio sustento estão na trincheira do bem. Sabem que criança com fome corrói o coração. É sublime ajudar quem esteja em pior situação. O entusiasmo para ajudar o próximo é contagiante. Os brasileiros enfrentam adversidades com galhardia. Não esmorecem com  enchentes, enxurradas, desabamentos. Luta agora contra o dramático coronavírus. Vidas  e atividades são afetadas. O coração aperta. O amor floresce. Desperta a união. Ninguém se omite. Tira energia e fé das profundezas da alma.Precisamos encher o peito de patriotismo e perseverança. O terrível coronavírus destrói famílias. A guerra contra o vírus clama pela união dos brasileiros. Irresponsáveis precisam ter consciência que aglomerações e sair de casa sem necessidade fazem a alegria do vírus. Precisamos dos esforços de todos. Ricos, podres e remediados. A satisfação de colaborar de alguma forma é cativante. Mostra que nem tudo está perdido no reino dos mortais. Políticos precisam trilhar o caminho do bom senso. Da civilidade. Esquecer picuinhas e intrigalhadas. Pensar nas vidas das pessoas e também nas deles. Agora não é hora de arrancas rabos inconsequentes por amor às urnas. Acorde e cresça, Bolsonaro. O senhor foi eleito para zelar pelo bem-estar do povo. Evite ser destemperado. Prefira o comedimento. Deus observa tudo. Permanece no comando.

Vicente Limongi Netto, Lago Norte



O ministro Dias Toffoli limitou o poder dos governadores e prefeitos para decretar medidas coercitivas de distanciamento social. Em decisão monocrática proferida numa ação, em que são partes o governo do Piauí e a prefeitura de Teresina, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que as medidas de combate à pandemia da Covid-19, que envolvam suspensão de atividades comerciais, industriais, educacionais, recreativas e culturais, bem como adoção de medidas de distanciamento social ou lockdown, ou que limitem de alguma forma o direito de ir e vir, somente poderão ser decretadas em caráter excepcional e com base em recomendação ou parecer técnico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Toffoli colocou ordem e racionalidade na batalha que o país trava contra a pandemia, ao explicitar que as ações dos órgãos públicos estaduais e municipais “devem ocorrer de forma coordenada, capitaneados pelo Ministério da Saúde, órgão federal máximo a cuidar do tema”. É o mínimo de ordem e racionalidade que se exige. Abusos em flagrante, desrespeitando o sagrado direito de ir e vir, não mais poderão ocorrer.  A decisão do Supremo veio a tempo, pois a sociedade civil vinha cobrando providências contra os exageros e extrapolações, mormente aos desrespeitos à privacidade, ao livre exercício de qualquer trabalho e ao direito de ir e vir, previstos no art. 5º da Constituição. A população espera não ter mais que conviver com atos arbitrários e sem lógica, nem o constrangimento de assistir a cenas degradantes de policiais prenderem, com desrespeito e violência, cidadãs e cidadãos, pelo hediondo crime de estar sentado em um banco de jardim público ou caminhando na calçada da orla, principalmente nos estados do Rio e de São Paulo, como vimos em diversos vídeos exibidos na internet.

Cid Lopes, Lago Sul



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