Opinião

Visão do Correio: Sair maior da crise

''As lideranças políticas e econômicas brasileiras precisam traçar estratégias exequíveis para, por exemplo, encontrar a melhor e mais rápida forma de sair da recessão que, certamente, será grande este ano''

Correio Braziliense
postado em 20/04/2020 04:35
Muitas são as incertezas do caminho que o Brasil e o mundo seguirão após a crise de proporções gigantescas provocada pela pandemia do novo coronavírus. Inúmeras são as perguntas, ainda sem respostas, que as lideranças mundiais devem estar se fazendo para enfrentar problemas globais que surgirão nos próximos meses, anos e décadas, nas esferas da saúde, da economia e, sobretudo, social. Os governantes precisam se preparar para encontrar as soluções mais adequadas aos problemas decorrentes desse período inédito que a população do planeta vivencia na atualidade.

No país, é certo que desafios econômico-financeiros, da modernização do Estado — as reformas estruturais iniciadas com a previdencária não podem sair do foco — e de cunho social terão de ser encarados de frente. Questões políticas e ideológicas que têm polarizado a vida nacional, nos últimos tempos, precisam ser deixadas de lado para que a nação saia maior e mais fortalecida dessa crise que a todos atinge. Decisões não poderão ser postergadas, se o Brasil quiser aproveitar as oportunidades que, certamente, surgirão, pois é sabido que as melhores delas surgem, exatamente, durante as crises.

As lideranças políticas e econômicas brasileiras precisam traçar estratégias exequíveis para, por exemplo, encontrar a melhor e mais rápida forma de sair da recessão que, certamente, será grande este ano. Passada a pandemia, o crescimento e a consequente criação de empregos tem de ser a prioridade número um. Além disso, sociedade terá de tomar decisões profundas em relação a outras prioridades, como o controle das contas públicas, o funcionamento do Estado e a reindustrialização. Assim como o combate sistemático à praga endêmica da corrupção, que corroi as bases do sistema democrático.

Já no plano externo, qual será o lugar que o Brasil ocupará no cenário global que surgirá depois da Covid-19? Como o país vai se posicionar frente às outras nações na área comercial? Como as grandes transformações econômicas e políticas em todo o mundo afetarão o Brasil e quais lições poderá tirar de tudo isso? Como iremos nos posicionar em relação às organizações multilaterais que regem o sistema econômico-financeiro? São muitas as questões sobre as quais as autoridades devem se debruçar para encontrar as melhores soluções.

Traçar uma estratégia de médio e longo prazos é fundamental para a economia e a reinserção do país no cenário internacional. Os poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário), a academia, empresários, trabalhadores, enfim, toda a sociedade, têm de se unir nesse projeto de país para que oportunidades não se percam e o Brasil saia maior da crise.

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