Correio Braziliense
postado em 01/05/2020 04:04
Chegamos a mais um 1º de Maio e, desta vez, o Dia do Trabalho será mais de reflexão do que celebração. Centrais sindicais se reunirão em uma live, com duração prevista de quatro horas, que contará com a presença de artistas e políticos. Mas não há clima para comemoração. A pandemia de coronavírus atingiu em cheio o mercado, com aumento de demissões, redução de salários e agravamento da crise econômica.
Em todo o mundo, até 25 milhões de empregos poderão ser erradicados, segundo as previsões mais pessimistas da Organização Internacional do Trabalho. Se esse número se confirmar, vai superar a crise financeira de 2008/2009, quando 22 milhões de pessoas ficaram sem trabalho. Então, o momento agora é de tentar entender quais as profissões estarão em alta e quais as que correm risco de desaparecer.
Com o avanço de casos de Covid-19, profissionais da área de saúde estão com a demanda em alta e vivem um momento de bastante prestígio na sociedade. Atuando na linha de frente de combate ao vírus, médicos, enfermeiros, auxiliares, farmacêuticos e técnicos de laboratório, por exemplo, lidam com o medo e a pressão no dia a dia. A tendência, quando a pandemia arrefecer, é saírem fortalecidos, com um provável aumento na procura por cursos técnicos e de graduação.
Outras profissões, no entanto, ainda têm um futuro movediço, principalmente as vinculadas aos setores de serviço e de turismo. Sem uma certeza de quando poderão abrir e receber clientes, bares e restaurantes vão passar por profunda transformação. É praticamente consenso que o delivery ocupará uma fatia ainda maior do atendimento presencial. E isso vai se refletir no mercado de trabalho. Haverá uma demanda maior por funcionários de backstage do que da linha de frente do negócio.
Por fim, a pandemia também terá um efeito na dinâmica do trabalho. O home office se tornou uma realidade. O isolamento social mudou hábitos e comportamentos no universo corporativo. Há a certeza de que processos e estruturas serão totalmente diferentes no mundo pós-coronavírus. Os megaescritórios fazem menos sentido hoje do que num passado recente. Alguém tem dúvida?
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