Correio Braziliense
postado em 07/05/2020 04:05
Coronavírus
O mundo é um só. Se tínhamos dúvida disso, não temos mais. Isso vai mexer com nossa maneira de lidar com o outro. Ao longo da história humana, o planeta foi ficando cada vez menor. Com as conexões, passamos a formar um ecossistema único: todos temos relações de interdependência. Esse conceito, de uma casa comum, sairá fortalecido da crise. Quem nos revela isso é essa partícula viva que chamamos de vírus. Apesar de sermos ligados por crenças, mercadorias, serviços, debates, línguas, conflitos, tratamos o outro como estrangeiro e o classificamos como Ocidente, Oriente, atrasado, evoluído. Esses discursos não devem acabar num futuro próximo, mas, num futuro distante, a ideia de nação não vai mais fazer sentido. Essa maneira de ver o outro é o que causa a polarização política. Mas, somos todos carne que vai ser atropelada por um vírus. A pandemia vai mostrar que não basta ter um sistema de saúde, trabalho e dinheiro na esfera nacional, os sistemas devem ser globais. O jeito que o cara come na China tem a ver comigo. Como podemos proibir um tipo de agrotóxico na Europa e permitir seu uso no Brasil? É o mesmo planeta. Queimar a Amazônia aqui causa seca em outro lugar. Depois da crise, todos ficaremos mais pobres. O mundo vai ficar irado, revoltado, violento. Pode ser uma etapa destrutiva, que demore décadas. Mas prefiro pensar na potencialidade das pessoas e no melhor que pode advir disso tudo. Devemos ter perseverança e fé. O caminho a ser trilhado depende de decisões políticas coerentes. Espero que a escolha seja pelo maior engajamento e colaboração entre os países.
Renato Mendes Prestes
Águas Claras
O coronavírus não veio para acabar com a humanidade. Veio para salvar o planeta. Veio para fazer parar cada um e todos, na corrida frenética em busca de nada. Parando, que cada um se acalme. Se acalmando, descanse. Descansando, cure-se das suas frustrações, suas ilusões, suas dores. O virus é a ameaça ao corpo, mas pode ser o remédio da alma. Quem se sente angustiado com o isolamento, talvez não tenha visto dessa forma. Em breve, entenderemos as razões disso tudo.
Humberto Pellizzaro,
Asa Norte
Sensatez
Impossível não reconhecer o esforço do governador Ibaneis Rocha, o primeiro a estabelecer o isolamento social, tão logo foi anuanciada a pandemia do coronavírus. Mas o avanço da doença, com cada dia mais pessoas infectadas e tantas outras morrendo, parecem-me inoportuna a reabertura do comércio. Sabe-se que milhares de trabalhadores estão ávidos por voltar ao emprego. Entretanto, essa volta pode significar um encontro dramático com o inimigo invisível, o coronavírus, cujo desfecho é imprevisível. Graças ao abnegado esforço dos profissionais de saúde, empenhados diuturnamente em salvar vidas, o número de óbitos é muito inferior ao dos que estão infectados e que precisam de atendimento médico-hospitalar. Sabe-se que as unidades hospitalares estão no limite de sua capacidade para garantir o tratamento recomendado àqueles infectados. Mas é preciso considerar que não é só a covid-19 que vem enlutando as famílias. Há outras doenças e acidentes que também impõem internações hospitalares e cuidados médicos por vários dias, semanas e até meses. No Distrito Federal, temos a dengue e outras infecções causadas pelo mosquito Aedes aegypti, uma verdadeira praga, assim como o novo coronavírus. Talvez, por sensatez, fosse mais adequado estender a quarentena por mais uma semana ou 15 dias evitando que os trabalhadores ficasssem expostos aos riscos que o vírus representa.
Guadalupe Gonzaga,
Park Way
União
Assim como eu, outras centenas de milhares de eleitores votamos para presidente no senhor Jair Messias Bolsonaro e nas suas promessas de campanha. E renovamos parte dos políticos no Congresso Nacional. Sabe por quê? Porque estamos cansados de ver na política e no comando do país vários políticos corruptos sendo apoiados por alguns empresários corruptores e que, juntos, faziam uso do dinheiro público em benefício próprio. Por razões como essas é que pedimos ao presidente Jair Bolsonaro que não ceda às pressões desse bloco de políticos, denominado de Centrão. Não queremos ver novamente no governo corruptos que foram citados e condenados pela Lava-Jato. Por favor, cumpra as suas promessas de campanha, é o mínimo que pedimos à vossa excelência. Infelizmente, no Brasil, são poucos os políticos que reúnem as condições necessárias, tais como: honestidade, competência, objetividade e transparência para, nas próximas eleições, serem merecedores do nosso voto e, assim, nos representar no Congresso Nacional, ou até mesmo para governar o Brasil. A população brasileira, como em outros países, vem passando por momentos delicados com essa pandemia da covid-19, que vem contaminando centenas de milhares de pessoas e desestruturando famílias com a morte dos entes queridos. Diante de tudo isso que estamos passando, como cidadãos que amam nosso país, pedimos às autoridades dos Três Poderes: respeitem a nossa Constituição e os nossos sofrimentos! Parem com as picuinhas de quem manda mais. Juntem as forças de cada Poder e comecem a trabalhar unidos pelo fim da covid-19 e do crescimento econômico e financeiro do nosso Brasil.
Evanildo Sales Santos,
Gama
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