Opinião

Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 08/05/2020 04:05



Justiça

Uma no lombo do burro e outra na cangalha. Finalmente, vemos os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) unidos diante das constantes severas críticas à desunião sobre temas que, de tão óbvios, não mereceriam tanto tempo perdido em longas e estéreis discussões. Espera-se que, ainda que pese o vendaval do coronavírus, entrem no eixo, convencidos de que lá estão para defender a verdadeira Justiça, colocando na cadeia os corruptos que tentam escapar.

Elizio Nilo Caliman,
Lago Norte



Bancos

A Medida Provisória 959 deixou de fora os bancos federais BNB e Basa do esforço nacional voltado para o pagamento do auxilio emergencial a dezenas de milhões de brasileiros que sofrem nas filas. No Norte e no Nordeste, eles seriam um reforço extraordinário. A referida MP 959 poderia, também, ter incluído os cinco bancos públicos estaduais: o BRB (DF), o Banrisul (RS), o Banese (SE), o Banpará (PA) e o Banestes (ES). Neste momento, todos os bancos públicos deveriam, sem exceção, dar a sua parcela de sacrifício.

Milton Córdova Júnior,
Vicente Pires



Sensatez

Sensato. Assim defino o comportamento do governador Ibaneis Rocha, que estendeu até dia 18 o fechamento do comércio. A medida é importante em meio à pandemia que afeta todos, sem distinção. A maioria dos governadores é sensível à alta mortalidade decorrente do novo coronavírus, uma peste comparável à gripe espanhola, que dizimou milhares de pessoas em todo o planeta. Hoje, a tragédia se repete. São mais de 125 mill infectados e quase 9 mil mortos, desconsiderando-se a subnotificação, devido ao baixo número de testes que impede os profissionais de saúde identificarem quem, realmente, deveria ficar isolado. Adiar a retomada da economia significa preocupação com o bem supremo: a vida.

Guadalupe Gonzaga
Park Way



Centrão

Aliança com o Centrão, o grupo mais corrupto e fisiológico do Congresso Nacional, compras sem licitação, insensibilidade diante do avanço da epidemia do novo coronavírus que matou até agora quase 10 mil brasileiros e se alastrada a cada dia — crises forjadas para desnortear a população em um momento de tragédia epidemiológica, sem contar o cardápio de mentiras que oferecem o prato do dia para os meios de comunicação. É assim que se comporta o governo Bolsonaro, belicista e que expressa total insensibilidade frente ao caos na saúde com um simples “e daí”, como se a vida das pessoas não tivesse nenhum valor. O capitão eleito não está nem aí para o drama dos brasileiros. Agora, ele abre as porteiras do país para todo e qualquer tipo de corrupção, ao permitir compras sem licitação. Quem bem acompanha o comportamento dos políticos neste país sabe que, mesmo com regras rígidas, eles conseguem burlar as normas para desviar enormes quantias em proveito próprio e não se importam com os danos de seus gestos para a sociedade. Como ex-eleitor de Jair Bolsonaro, após recuperar a minha lucidez, sei que agora ficou tudo mais fácil para os tradicionais corruptos que massacram historicamente o Brasil.

João Paulo Guimarães,
Asa Norte



Lockdown

O ministro Nelson Teich, recém-chegado ao governo, declarou que não é contra o lockdown em alguns estados, devido ao avanço descontrolado do novo coronavírus. Enfatizou que o importante é fazer o que é certo para deter a expansão do vírus. Fiquei imaginando o presidente Jair Bolsonaro, um negacionista de primeira hora, ouvindo essa declaração. Logo ele que é radicalmente contrário ao isolamento social. E vem desafiando todos os dias as recomendações da ciência e dos médicos, principalmente nos fins de semanas, quando participa de caminhadas por regiões administrativas do Distrito Federal, provocando aglomerações de pessoas, tudo que os especialistas condenam, ou participa de manifestações nazifascistas contra os poderes Judiciário e Legislativo. A meu ver, Teich, que ainda não conseguiu dizer ao que veio e longe de ter o carisma do antecessor, terá uma meteórica passagem pelo Ministério da Saúde. Como médico, ele jamais poderia defender o relaxamento das atividades econômicas no momento em que a pandemia aumenta, a cada dia, o número de infectados e de mortos.

Ismael Costa,
Jardim Botânico


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