Correio Braziliense
postado em 15/05/2020 04:14
É fato que a pandemia do novo coronavírus mudou comportamentos. É consenso, também, que o mundo nunca mais será o mesmo. E uma expressão ganhou muita amplitude nos últimos 60 dias de isolamento social: o “novo normal”. Hábitos como trabalho a distância, e-commerce e o delivery entraram de vez no cotidiano da sociedade. Marcas, empresas e atividades esportivas tiveram que se adaptar e ainda ensaiam os próximos passos, mesmo ainda sem saber ao certo como fazer.
No esporte, o “novo normal” começa a ser moldado. O UFC, por exemplo, retomou as atividades com dois eventos realizados até agora. Para evitar a propagação da covid-19, a organização precisou adotar protocolos sanitários, como testagem em massa dos atletas, medição de temperatura e ausência de público na arena. No futebol, o campeonato alemão volta neste fim de semana. Também sem público nos estádios e com regras para os atletas, como a proibição de abraços e cumprimentos com as mãos, além do uso obrigatório de máscaras no banco de reservas.
Na sociedade, muitos se perguntam como ficará a indústria do entretenimento, principalmente os cinemas, os teatros e as casas noturnas. São locais que tradicionalmente provocam aglomeração. Como será o “novo normal” dessas atividades? Na Alemanha, empresários testam novas formas de entretenimento. Teve até uma “rave drive-in”, em que duas pessoas podem curtir a música dentro dos carros, respeitando o distanciamento social. Será que o futuro é este: dançar dentro do carro?
No Brasil e em diversas partes do mundo, os shows presenciais deram lugar às lives, mas que já mostram sinais de esgarçamento, com a queda na audiência e repetição exaustiva da fórmula de apresentação dos artistas. Reconheço que elas cumprem um importante papel social, ao arrecadar doações e estimular as pessoas a ficarem em casa, no entanto, são cada vez mais iguais. Não têm mais o mesmo encantamento de cinco, seis semanas atrás. Assim, não acredito mesmo que as lives farão parte do “novo normal”.
A história mostra que toda crise provoca transformações. Estamos no meio delas. A saída, por enquanto, é viver o presente e aceitar a nova realidade que está sendo moldada para o bem da sociedade. Espero que assim seja.
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