Opinião

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Correio Braziliense
postado em 17/05/2020 04:19
Cinema

Belíssima a ideia do secretário de Cultura, o Bartô, de promover no Cine Drive-In o festival de cinema deste ano. Em meio à tragédia do novo coronavírus, as pessoas precisam de uma boa dose de arte para espairecer. As pessoas sensatas, inteligentes e que observam o que ocorreu em países da Europa e nos Estados Unidos, com recordes de mortes pelo vírus, sabem que não há outra opção senão o isolamento social para protegerem a si e os outros. Só os alucinados, os que desprezam a vida do próximo pensam o contrário. Então um festival em campo aberto aliviará a tensão provocada pela maior crise epidemiológica deste século. Cada um em seu carro, com o devido distanciamento, como recomendam os especialistas, poderá desfrutar de um momento leve, como só a arte pode propiciar. Aplaudo o secretário de Cultura do DF e torço para que sua ideia se concretize com muito sucesso e alegria de todos: artistas, cinéfilos e público, há meses impedidos de desfrutar do prazer de ir ao cinema.
Adriano Freitas, Sudoeste


Saúde


Com a ausência de explicações dos motivos da demissão de Nelson Teich, fica a pergunta: quem seriam os culpados pela demissão do ministro senão os dois envolvidos na nomeação? O próprio Teich, por não ter dito ao presidente que não concordava com suas posições, recusando o convite? Do presidente Bolsonaro, por ter esquecido de perguntar-lhe sua posição? Se discordante, certamente, não o teria nomeado ministro. No frigir dos ovos, culpa maior foi de Teich que se meteu numa aventura para, como deixou entrever no discurso de despedida, agradecendo o presidente por ter-lhe dado oportunidade de completar sua biografia.
Elizio Nilo Caliman, Lago Norte


Comércio


Sábia e prudente decisão da juíza federal do DF que decidiu pela reabertura escalonada do comércio de Brasília. Com três mortes diárias, 200 novos casos diários, seria irresponsável se abrisse, conforme queriam os lojistas, em18 de maio. Não podemos chegar à situação do Amazonas, Itália, Espanha, Maranhão e Ceará, com bloqueios totais após milhares de infectados. Uma decisão diferente dessa levaria o DF ao caos. Esperamos a prudência e o ordenamento pelo GDF da organização do cumprimento da decisão judicial e rigorosa fiscalização contra os comerciantes que insistem em abrir sem ordem judicial e violando o decreto do governo local.
Simão Szklarowsy, Asa Sul


Cloroquina

Causa-me muita surpresa a campanha, realizada pelos ministros da Saúde, contra as substâncias cloroquina e hidroxicloroquina, divulgando assustadoramente seus graves efeitos colaterais. Eu trabalho com esses medicamentos há mais de 50 anos, dentro das condições recomendadas, e garanto que nunca presenciei esses efeitos e nenhum paciente jamais teve que interromper o tratamento. Inúmeros colegas, que consultei a respeito, dermatologistas, clínicos, reumatologistas e infectologistas, disseram-me o mesmo. Pesquisadores e médicos na Itália, França, Estados Unidos, na rede Prevent Sênior e em Floriano-PI têm relatado tratamentos precoces de covid-19 com associação de hidroxicloroquina com outras substâncias sem efeitos colaterais. Pessoas tratadas dão seu testemunho. A cloroquina é tão segura que sempre foi vendida livremente, sem necessidade de receita. Eu mesmo a comprei, antes da proibição, só dando o nome comercial. Só descobriram que é perigosa na atual pandemia. Isso, porém, não condiz com a realidade clínica. Ou as autoridades de saúde se equivocam ou estão engajadas numa campanha de descrédito da cloroquina, que não tem patente e é baratíssima, porque apavorantes números de óbitos justificam mais verbas.
Roberto Doglia Azambuja, Asa Sul


» Já passou da hora de ser averiguado pelo Congresso ou Ministério Público o que está por trás da obsessão de Bolsonaro pela cloroquina, a ponto de se tornar um vibrante cacheiro viajante do medicamento. O que o leva a desautorizar e mesmo ameaçar o seu novíssimo e apático ex-ministro da Saúde por não ter se alinhado ao apostolado de levar a cloroquina aos viventes do país tão logo deem o primeiro espirro? E tudo isso a despeito de pesquisadores e médicos do Oiapoque ao Chuí contraindicarem o remédio sem uma série de cuidados prévios e somente em casos avançados da doença, visto os efeitos colaterais decorrentes serem severos, principalmente em portadores de cardiopatias de qualquer espécie. Pelo que conhecemos até aqui do senhor Jair  na condução da pandemia, certamente a sua estranha motivação não está pautada na preservação de vidas humanas, daí a necessidade de sair do campo da hilaridade que seu matraquear enseja e partir para uma ação investigativa e de responsabilização pelos danos que o incentivo explícito que faz ao uso indiscriminado da cloroquina possa ocasionar na população menos avisada.
José Salles Neto, Lago Norte



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