Correio Braziliense
postado em 18/05/2020 04:42
SaúdeTenho lido, com muita preocupação, que o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, pretende dosar o apoio aos estados e municípios em razão de eventual adesão destes ao processo de abertura das atividades comerciais, ideia fixa do presidente Bolsonaro, que entende como vetor indispensável para sua reeleição em 2022. Tal comportamento pode se materializar pelo atraso ou mesmo pelo cancelamento do envio de material/pessoal a estados chancelados como inimigos. Vamos ao fato: um exemplo bastante simples de como essa ação eletiva do dispositivo pode ser real, o Ministério da Saúde, em ação bastante elogiada, autorizou o adiantamento da formatura de médicos e enfermeiros com o objetivo de, voluntariamente, enviá-los às linhas de frente no combate à covid-19. Assim, com o suporte do ministério, dezenas de profissionais de saúde, recém-formados em Brasília, seguiram para Manaus, cujo embarque foi acompanhado por emissoras de televisão que prestigiaram o evento, classificando os meninos de heróis! Uma vez devidamente hospedados em hotéis em Manaus, foram submetidos a treinamento especifico para posterior ação. E aguardaram a autorização de ação. E o que aconteceu? A autorização de Brasília não veio e eles completam, hoje, 11 dias de espera e nada, nada da tal autorização! Quem perde? A população de Manaus. É parte do boicote?
Nelson de Oliveira, Asa Sul
Day After
“Esqueçam o que escrevi”, expressão atribuída a Fernando Henrique Cardoso (FHC), após deixar a Presidência, parece ter sido adotada pelos dois ex-ministros da Saúde demitidos pelo presidente Bolsonaro. Mandetta, em sua despedida do Ministério, sem luvas nem máscara, em ambiente fechado, reuniu-se com funcionários, também sem proteção, abraçando-os e esquecendo a distância de segurança entre os mesmos. Teich, quanto ao seu pedido de demissão, também não usava máscara, deixando claro que os dois parodiaram FHC, levando à risca sua célebre expressão, não a pronunciando, mas agindo: “Esqueçam o que eu determinei”.
Humberto Aquino, Asa Norte
Anúncio
Educativo? Pois é, alguém aproveitou o sossego do sábado no Lago Sul para plantar um anúncio comercial fluorescente bem ali no canteiro central que divide a Estrada Parque Dom Bosco — EPDB para os íntimos. Sabe qual foi o pretexto para invasão incorreta daquele jardim? Apoiar as campanhas do Detran pelo trânsito correto. Por isso, usou-se uma diminuta faixa amarela bem no alto do painel com quatro palavras em preto (como se fosse coisa do Detran). Pois é, governador Ibaneis, morador e conhecedor da vocação ainda bucólica do Lago Sul, a quem aquele anúncio desrespeitoso pretende enganar com poluição que agride não apenas o visual do jardim, mas também a educação urbana? Está ao lado do Conjunto 4 da QL 14.
A.C. Scartezini, Lago Sul
Politicagem
O jogo da política, ou politicagem que seja, executado pelo presidente Bolsosnaro com seus ministros, tem seu símbolo no jogo do caxangá: “Os escravos de Jó jogavam caxangá. Tira, bota, deixa ficar. Guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue-zague”, aliciando a tropa de choque a acompanhá-los. Enquanto isso, a covid-19 vai comendo por debaixo da mesa.
Elizio Nilo Caliman, Lago Norte
» Presidente, não se desespere nem nos abandone. Vossa Excelência tem muitos auxiliares honestos, íntegros, capazes e, acima de tudo, patriotas. Com a devida permissão, use eficazmente a sabedoria deles. Com certeza, o sucesso será maior!
Benedito Pereira da Costa, Asa Norte
Máscara
Bolsonaro mostra-se inepto até mesmo no uso correto da máscara. O mais grave: na maioria das vezes, não faz uso dela. Fantasiado de super-homem de barro, o presidente debocha da ciência e da vida. Inacreditável que nenhum auxiliar ou a primeira-dama coloque na cabeça de Bolsonaro que o uso da máscara preserva vidas — inclusive a dele. Abraçou, efusivamente, sem máscara, no Palácio do Planalto, como se estivesse no Maracanã, um constrangido Rodrigo Maia, que usava máscara. Recebeu, sem máscara, dois ministros do STF que usavam máscaras. Fala grosserias aos jornalistas, esfregando as mãos na máscara. Ministros próximos de Bolsonaro, como Braga Neto, Luiz Ramos e Jorge Oliveira, também desdenham a máscara. Seguem a cartilha irresponsável do “mito”. Acham graça do habitual festival assombroso de patetices do chefe da nação.
Vicente Limongi Netto, Lago Norte
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.