Opinião

Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 19/05/2020 04:05

Quarentena

Segundo informações correntes, o confinamento começou no início de março deste ano com a finalidade de evitar, de conter, a proliferação da covid-19. Os especialistas esclareceram, então, que os sinais da contaminação, nos sintomáticos, se apresentavam entre o quarto e o décimo-quarto dia da contaminação. Mas, pelos resultados, não se compreende como, 60 dias depois, a curva ascendente de óbitos esteja crescendo de forma vertiginosa. Por quê? A quarenta não foi adotada para evitar e conter as contaminações e as mortes? E por que, agora, começou a morrer tanta gente? Qual a explicação dos especialistas para esse crescimento exponencial de mortes após dois longos e enervantes meses de isolamento? Esses números são reais ou adulterados? Mas, enfim, qual é a real finalidade desse confinamento, que vem causando tanto desemprego — segundo a mídia, mais de 9 milhões de desempregados só nesse período — e infligindo tanta dor, desespero, agonia e sofrimento às pessoas e às famílias, com consequências econômicas desastrosas para o futuro do país e de sua indefesa população? O que escondem? O que pretendem? 

Norton Seng, Brasília


Prerrogativa

É de competência do presidente da República nomear e demitir ministros sem, inclusive, ter que explicar os motivos, bem como ser transparente perante o povo que o elegeu. É de livre e espontânea vontade do ministro demitido querer justificar o pedido de demissão, com o dever de alertar a Justiça das patentes intenções de o presidente imiscuir-se nos afazeres da Polícia Federal. Por medida de prudência, o ministro terá deixado para a hora certa, para não provocar a demissão sem justa causa e, quiçá, por meio de fake news, suscitando intermináveis fofocas, tentando manchar sua biografia.

Elizio Nilo Caliman, Lago Norte


BRB

Enquanto Doria e Witzel ficam pirraçando e fazendo politicagem, o nosso governador Ibaneis bomba com o BRB e mais de 200 obras em execução. Entendemos, estamos de máscara e na reabertura do comércio. Estou com ele e com Bolsonaro.

José Eustáquio dos Reis, Asa Sul


Demissões

O anúncio de demissões na Latam e Gol é bastante preocupante, face à grave situação de desemprego crescente no Brasil. Em vez de demitir, as empresas deveriam suspender os contratos dos funcionários até a normalização do tráfego aéreo e de venda de passagens pós-pandemia. Não se pode jogar a culpa no governo. A crise é uma realidade mundial e as empresas terão socorro financeiro do governo, e, portanto, não deveriam demitir os trabalhadores.

Simão Szklarowsky, Asa Sul


Segurança

Não tenho amplo conhecimento do organograma da Presidência da República, mas, pelo que acompanho por meio da mídia, a segurança do presidente e da família é feita por homens do Exército e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e comandados pelo general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, não pelo Ministério da Justiça. A tão falada reunião ministerial, em que o presidente Bolsonaro, ameaçou demitir o então ministro Sergio Moro, dá conta de que ele se queixava da segurança pessoal e de sua família. Então, pode-se afirmar que Moro seria o interlocutor errado, em face à segurança do presidente e dos familiares ser de alçada do GSI, sob a chefia e a responsabilidade do general Augusto Heleno, que estava na reunião e não foi admoestado pelo presidente. Além do mais, quem foi demitido foi o diretor-geral da Polícia Federal, e, por tabela, Moro. Outro ponto interessante é que o delegado Alexandre Ramagem, que foi indicado por Bolsonaro para chefiar a Polícia Federal, era o chefe da Abin. Portanto, se a queixa se referia à segurança pessoal, cuja responsabilidade era de Ramagem, por que indicá-lo para a PF? O presidente Bolsonaro se elegeu com a promessa de defender a família. Faltou dizer que se referia à família dele. O ex-capitão sempre usou o poder para proteger e engordar os herdeiros. É assim desde os tempos de deputado, quando pendurou dois filhos na folha de pagamentos da Câmara. Na Presidência, o patriarca farejou boquinhas melhores para o clã. No ano passado, ele tentou emplacar o caçula Eduardo, cuja experiência internacional se resumia a fritar hambúrgueres, como embaixador do Brasil em Washington. Ao defender o indefensável, pronunciou duas frases memoráveis: “Pretendo beneficiar um filho meu, sim. Se eu puder dar filé mignon pro meu filho, eu dou”. A visão do Estado como um bife suculento explica a gula de Bolsonaro pela Polícia Federal. Pelo visto, salvo melhor juízo e com a devida vênia, o presidente queria espetar o garfo no órgão para reparti-lo entre os filhos. Em tempo: Luiz Carlos Prestes, meu parente colateral, que foi secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro (1943 a 1980), ex-capitão do Exército brasileiro, contraporia e denegaria a atual postura de Bolsonaro diante da grave crise sanitária.

Renato Mendes Prestes, Águas Claras



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