Opinião

Opinião: Novo normal

''Um dos pontos que mais aparecerem nos estudos é a migração para a vida digital, com mais home office, ensino a distância, acesso a aplicativos bancários e de delivery e shows e interações em geral (reuniões, principalmente) de modo virtual''

Correio Braziliense
postado em 19/05/2020 04:05
''Um dos pontos que mais aparecerem nos estudos é a migração para a vida digital, com mais home office, ensino a distância, acesso a aplicativos bancários e de delivery e shows e interações em geral (reuniões, principalmente) de modo virtual''Um dos termos mais usados nesse momento de pandemia do novo coronavírus é o tal “novo normal”. A expressão, que pode causar estranheza em português, já é bastante usada em inglês: o famoso “the new normal”, uma situação anteriormente desconhecida ou atípica que se torna padrão ou usual. O motivo das duas palavras aparecerem agora com tanta frequência está ligado ao mundo pós-covid-19, que deve trazer novos hábitos.

Sem uma vacina e sem um entendimento ainda amplo da doença, espera-se que muita coisa mude, como destacaram alguns dos entrevistados que participaram das matérias do caderno Diversão & Arte do último fim de semana sobre o mundo pós-pandemia. “Nossa realidade já mudou. Os hábitos vão mudar daqui para frente”, apontou a atriz Ingrid Guimarães. “Haverá momentos diferentes do agora. Mas, o agora é tudo que temos e aqui podemos apreciar a vida que vive em nós. Como será? Podemos imaginar...”, complementou a budista Monja Coen.

Já existem, inclusive, pesquisas, como as da empresa de marketing do grupo global Dentsu Aegis Network e da fornecedora de insights do consumidor sob demanda Toluna, que tentam mostrar quais situações se encaixarão nesse “novo normal”.

Um dos pontos que mais aparecerem nos estudos é a migração para a vida digital, com mais home office, ensino a distância, acesso a aplicativos bancários e de delivery e shows e interações em geral (reuniões, principalmente) de modo virtual. Não que esses formatos não existissem antes, mas, definitivamente, se tornaram opção na quarentena e tem tudo para permanecer na vida pós-coronavírus. Seja por uma questão de segurança, seja por uma questão de custos.

Outra “novidade” que deve fazer parte da vida da população mundial são as máscaras. No continente asiático, já era costume que pessoas doentes usassem o acessório em locais públicos para não transmitirem doenças para terceiros. Esse hábito deve se estabelecer também nos demais continentes para além dos decretos de obrigatoriedade. Assim como os novos padrões de higiene mais rígidos. Basta lembrar que muitas pessoas mantiveram o uso do álcool em gel após a epidemia de H1N1.

Questões mais profundas também podem integrar o “novo normal”. Há, agora, um senso de coletividade e solidariedade pairando no mundo que deve ter uma influência nas relações humanas. Ainda é cedo para falarmos sobre o “novo normal”. Mas acostume-se com o termo e com as mudanças que ainda virão!


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