Opinião

Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 22/05/2020 04:05


Distritais

É inadmissível, vergonhoso e desrespeitoso com o contribuinte o projeto de resolução da Câmara Legislativa que beneficia ex-deputados e servidores comissionados (não concursados). Esse projeto vinha sendo acalentado desde o inicio do ano por meio da Mesa Diretora da Câmara. Como, à época, houve repulsa da sociedade, foi retirado de pauta. No entanto, agora, numa manobra espúria e sem escrúpulo — o projeto nem na pauta do dia estava e, inclusive, transgrediu e infringiu o Regimento Interno —, os deputados distritais aprovaram para seus comparsas e cúmplices de política nefasta essa benesse fraterna de plano de saúde vitalício e extensivo aos familiares. Convém salientar, com míseras mensalidades de R$ 744, sendo que, no mercado, um plano de saúde simples, não custa menos de R$ 2 mil. É absolutamente injustificável, sob qualquer aspecto. É escarrar na face do cidadão brasiliense. É chocante para um país à beira de encerrar mais uma década perdida, cuja economia estava em frangalhos antes mesmo das consequências devastadoras da pandemia do novo coronavírus, ver a Câmara Legislativa — melhor dizendo, a Casa do Espanto — afrontar desrespeitosamente a população ordeira e trabalhadora de Brasília. A capital do país não precisa desse nocivo e lesivo legislativo. Sem exageros, 80% das leis aprovadas são consideradas inconstitucionais, são de alçada e competência do Congresso Nacional. Antes da implantação da Casa do Espanto, éramos felizes e não sabíamos! Cadê a ética senhores deputados, se é que possuem?

Renato Mendes Prestes, Águas Claras

» Em meio à pandemia do coronavírus, os deputados distritais, mais uma vez, dão um golpe na sociedade brasiliense. Aprovaram, de maneira cínica e covarde, um plano de saúde vitalício, que beneficia ex-deputados, inclusive os que foram banidos da política por serem ladrões e corruptos, extensivo a familiares. A Câmara Legislativa é uma das maiores vergonhas do Distrito Federal, pois é um rio largo de desperdício, sem quaisquer benefícios para a sociedade. A única coisa que sabem fazer é usurpar o dinheiro do bolso dos cidadãos. A esmagadora produção de leis é facilmente derrubada por ser inconstitucional, pois o que deveriam saber fazer não o fazem de maneira correta e decente. É imoral a aprovação desse plano de saúde. É um escárnio, quando a maioria dos brasilienses tem péssimo serviço público de saúde e milhares estão desempregados. Então, os distritais aumentam as despesas para atender a seus interesses pessoais e dane-se a sociedade. Por que não usam a rede pública de saúde? O que fazem esses inescrupulosos se sentirem melhores do que o cidadão que trabalha? Aliás, trabalhar é verbo proibitivo dentro da Câmara Legislativa. A maioria está ali é para usurpar o dinheiro público, sem dar nenhuma resposta às necessidades dos cidadãos.

Giovanna Gouveia, Águas Claras

 

Weintraub

O ministro da Educação, Abraham Bragança de Vasconcelos Weintraub, contratou dois advogados funcionários do Ministério para defendê-lo em dois processos de danos morais. Será que foram pagos honorários para os advogados? Será que os serviços prestados foram fora do expediente do órgão público?

Saulo Siqueira, Asa Norte



Regina Duarte

“Macaco velho não põe mão em cumbuca”. A inexperiente Regina Duarte não se ateve ao dito popular, aceitando o cargo de secretária de Cultura. Foi difícil abrir a mão, deixando tudo para trás. Uma nomeação para a Cinemateca, em São Paulo, como prêmio de consolação, foi suficiente para fazê-la abrir a mão do cargo. Triste rebaixamento para quem tem uma excelente biografia para defender. Resuma-se o que publiquei quando foi cogitada para o cargo: “O fato de ser da área da cultura não é credencial suficiente para o cargo. É preciso muito mais”. Resta saber se tem para o novo cargo, na Cinemateca em São Paulo. Pelo menos, poderá assistir, com saudade, a produções culturais das quais participou.

Elizio Nilo Caliman, Lago Norte



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