Opinião

>> Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 27/05/2020 04:05
Bumerangue
A sabedoria popular ensina: “Elogio em boca própria é vitupério”. Os autoelogios de Bolsonaro no vídeo da reunião ministerial divulgada pelo ministro Celso de Melo são diretamente proporcionais ao número de palavrões disparados contra seus desafetos, simbolizando o que lhe caberia como vitupério. Por outro lado, cada petardo disparado transforma-se em bumerangue, atingindo o atirador que se torna vítima de veementes flechas de pontas envenenadas. Bolsonaro tem toda a razão de reclamar, pois os que estão do outro lado, geralmente, não são lá menos pecadores. Falta ao presidente a habilidade de escolher o vocabulário adequado para não receber petardos embrulhados em termos elegantes, geralmente, irrespondíveis, soando a brasilidade a pretexto de enfeitar as próprias biografias.
» Elizio Nilo Caliman,
Lago Norte

Cancro
“Brasília é um cancro”. No vídeo da reunião de 22 de abril de 2020 no Planalto, o desqualificado ministro da Educação, Abraham Weintraub, agrediu, irresponsavelmente, o povo de Brasília. Esse trapalhão tem o dever de saber discernir a Brasília pacata, honesta e hospitaleira, da Brasília de muitos ladrões eleitos ou indicados para os Três Poderes da República. Esse cidadão citou nossa cidade céu como um “cancro”. Cancro deve ser o espaço onde ele mora às custas do povo de Brasília e do país. Cancro deve ser a cadeira na qual ele se senta, pois infecta o ensino da nação. Cancro, senhor desnaturado, é você infectar o Enem e outros vieses voltados aos milhões de alunos prejudicados com atitudes irresponsáveis e constantes. Se você acha Brasília um cancro, peça para sair do governo. Só assim, suas intenções maléficas não se tornarão realidade. Os moradores, especialmente os candangos, como eu, pois moro aqui há 47 anos e me declaro como tal, merecem respeito de todos os políticos que estão, ou não, nos poderes possivelmente surfando numa onda para tirar proveito. Desejo ao ministro que nunca tenha cancro diante de tanta asneira protagonizada. Brasília merece respeito seu ministrozinho inconsequente.
» José Monte Aragão,
Sobradinho

Coronavírus
Embora, no Brasil, a pandemia da covid-19 esteja sendo bem menos agressiva do que nos países da Europa e na América do Norte, como as estatísticas estão a comprovar, políticos e mídia têm se esforçado em disseminar o pânico e a angústia no seio da população, repetindo à exaustão as estatísticas sobre infectados e óbitos, mas omitindo dados sobre os valores relativos e sobre os recuperados. Tenho visto, na mídia, chamadas como, por exemplo, “Brasil: 2º lugar em mortes, só inferior aos Estados Unidos”, “Confirmados: Brasil bate novo recorde” ou “País é o 3º em número de infectados”. Manchetes como essas transmitem informações distorcidas, pois geram entendimentos diferentes da realidade. A comparação não pode ser efetuada em números absolutos, mas em números relativos, levando em consideração o tamanho do universo avaliado. Se, por hipótese, na Suécia, que tem 8 milhões e 800 mil habitantes, a covid-19 atingisse um milhão e 200 mil pessoas, alcançaria 25% ou um quarto da população. Se fosse o Brasil, alcançaria apenas 0,005% (cinco milésimos de 1%) da população. O índice de mortalidade na Suécia seria enorme, enquanto o do Brasil seria estatisticamente irrelevante. Hoje, no Brasil, o índice de mortalidade é de 104 óbitos para cada um milhão de habitantes, enquanto, na Suécia, é de 453 óbitos; nos Estados Unidos, de 296; na Espanha, de 610; na Itália, de 545; na Holanda, de 341; na Alemanha, de 102; no Canadá, de 184; na Dinamarca, de 101; na Bélgica, de 896; na Irlanda, de 307; e, na Suíça, de 281. Esses números demonstram que, apesar da balburdia que o STF impôs na direção do sistema de saúde do país, o tratamento da covid-19 no Brasil tem obtido bons resultados, melhores do que em todos esses países de primeiro mundo, exceto a Alemanha.
» Cid Lopes,
Lago Sul

Monitoramento
O governo americano anunciou domingo (24) a proibição da entrada de viajantes estrangeiros provenientes do Brasil. Enquanto isso, os aeroportos brasileiros são verdadeiras casas da mãe Joana. São porteiras abertas, onde todo mundo entra (brasileiros que chegam do exterior) sem qualquer abordagem, contato ou monitoramento. Por meio deles, o coronavírus chega  aqui de first class. Semana retrasada, o filho de um amigo chegou de Nova Iorque, onde reside. Em nenhum momento, foi contatado, nenhuma orientação lhe foi dada. Passou livremente, como se nada estivesse acontecendo. A irresponsabilidade é absoluta. Depois, querem que o Brasil seja considerado um país sério no exterior.
» Milton Córdova Júnior,
Vicente Pires
 

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