Correio Braziliense
postado em 29/05/2020 04:04
Disputas
Em passado recente, assistimos, entre tantos outros atos considerados normais por muitos, a parlamentares sentarem e tomarem os trabalhos de mesa diretora no Congresso Nacional; crianças expostas a adultos nus; prédios e símbolos religiosos pichados; grupos políticos e movimentos diversos quase colocarem fogo no país, além de retaliação a quem fosse de ideologia contrária, em verdadeira afronta às pessoas e aos princípios constitucionais, sem que houvesse censura ou manifestação por parte de autoridades dos Poderes constituídos. Contudo, no atual governo, quaisquer decisões ou manifestações de autoridades do Poder Executivo, ao rebater, seguindo os princípios democráticos e da liberdade de expressão, respeitando sempre os balizados e consagrados ditames da nossa Carta Magna, questionamentos e ofensivas infundadas, com raras exceções, que recebem a todo momento, são objeto de ação judicial, solicitação de impedimento e outros desvairios por parte de integrantes de correntes políticas contrárias, que só contribuem para desestabilizar o país. Vamos pensar no bem do povo brasileiro, notadamente nestes tempos de pandemia, pois a disputa nas urnas será no devido tempo.
» Luís Baltazar Goulart Garay,
Lago Norte
Ataques ao STF
É preciso observar que os ataques que estão sendo desferidos por parte não desprezível da sociedade brasileira ao Supremo Tribunal Federal (STF), data vênia do ministro Luiz Fux, presidente em execício da Alta Corte, não atingem à sagrada instituição. Miram, sim, e tão somente, alguns dos seus membros que, segundo esses indignados arcabuzeiros, estão deslustrando o “pretório excelso”. Cabe lembrar que, quando o ex-presidente Lula, nos seus dias gloriosos, disse que a Câmara dos Deputados tinha 300 picaretas, não pretendeu, certamente, denegrir a casa inviolável do povo brasileiro. Quis, por certo, tão somente, destacar a parte podre que a compunha. Vê-se, por acaso, em algum país, mesmo na pobre Etiópia, ou na desgraçada Venezuela, os juízes darem pitacos sobre tudo e sobre todos, a torto e a direito? Aprende-se nos bancos escolares que o juiz manifesta-se nos autos. Só nos autos. Nem na sala de aula, quando professor, deve opinar sobre casos concretos. Simples assim. E claro como o dia ensolarado. Portanto, como ensina o velho e sábio ditado: “Quem sai na chuva é para se molhar”. Ou, segundo o linguajar caipira, “Quem tem dó de angu não cria cachorro”. (Dicionário de Curiosidades Verbais — Raimuneo Magalhães Jr.)
» Joares Antonio Caovilla
Asa Norte
Desprezível
Deprimente a live da Sara Winter, líder do movimento dos 300, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ela disse tantos palavrões contra a honra e a masculinidade do ministro, numa atitude própria de quem não tem uma gota de civilidade e odeia, como todos do seu grupo, a democracia. É vergonhoso ver uma mulher com tão baixo nível e um vocabulário tão desprezível. A democracia comporta o embate de ideias, mas nunca a truculência para impor um ponto de vista. A divergência é saudável. Da soma de opiniões contrárias, por meio do diálogo, chega-se ao consenso. O atual governo quer fazer, a qualquer custo, suas propostas, a maioria delas nocivas aos interesses da sociedade. Diante da divergência, acena para a possibilidade de impor uma ditadura militar, como anunciou o filho do presidente, declarar que há risco de uma ruptura do Estado democrático de direito. Aliás, essa não foi a primeira vez que ele faz essa ameaça. O presidente, por vez, prega a desobediência às decisões da Alta Corte, mas só o faz porque seus amigos ricos são suspeitos de usarem as redes sociais para difundir notícias mentirosas que afetam a honra e a dignidade das pessoas, ou para ameaçá-las com atitudes contra a integridade física dos adversários. É a imposição do Estado de terror. Esperamos que Alto Comando das Forças Armadas não se engaje nesse processo antidemocrático, numa aventura que implique retrocessos ao país. O Brasil não merece ser jogado nos porões da tortura.
» Gilberto Borba,
Sudoeste
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