Opinião

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Correio Braziliense
postado em 14/06/2020 04:23
Vida de gado

Quem prega “intervenção militar” quer suprimir os direitos de liberdade e as garantias do povo brasileiro em nome de um projeto de ditadura que não disfarça sua simpatia pelos conceitos de clara inspiração neofascista. Além disso, seguem-se advertências, mais ou menos veladas, de altas autoridades do governo e de suas linhas auxiliares, de que pode haver uma ruptura constitucional, o que é um eufemismo para um golpe de Estado. O presidente da República, enquanto diz respeitar a democracia e os demais Poderes, confraterniza com quem advoga às escâncaras o fechamento do Supremo e do Congresso e demoniza a oposição. Para Bolsonaro, a democracia e suas instituições atrapalham seu governo. Mais maligno do que pandemia, recessão e desgoverno, juntos, é o presidente. Como caracterizar o movimento de extrema direita que chegou ao poder no Brasil, com a eleição de Bolsonaro? A democracia no Brasil vem sendo adiada, há tempos, por ações neocoloniais, neoliberais e neofascistas. O povo espera alterações importantes no quadro social, com mais justiça na distribuição dos frutos do progresso, obtido pelo trabalho de todos e pelos avanços da ciência, que, afina,l é patrimônio da humanidade. Em meio ao quadro de descontentamento, desilusão e inoperância, rebenta a crise civilizatória, que mostra ao mundo toda a gigantesca trapaça da financeirização espiralada da economia capitalista. Num dado momento do filme Interestelar (2014), dirigido por Christopher Nolan, o personagem principal (interpretado por Matthew McConaughey) pergunta a seu sogro o porquê de o mundo ter se transformado naquilo (aridez, pobreza, poluição, retração econômica, ruralização). O sogro responde que 6 bilhões de pessoas querendo ser felizes não podia dar em outra coisa. Não à toa, de olho no Brasil, o cantor Zé Ramalho, em Admirável Gado Novo (1979), fez questão de frisar: “Vocês que fazem parte dessa massa/Que passa nos projetos do futuro/É duro tanto ter que caminhar/E dar muito mais do que receber/E ter que demonstrar sua coragem/À margem do que possa parecer/E ver que toda essa engrenagem/Já sente a ferrugem lhe comer/Êh, oô, vida de gado/Povo marcado/Êh, povo feliz!”.
» Marcos Fabrício Lopes da Silva,
Asa Norte


Educação

Brasília é a materialização do sonho de Dom Bosco, por um time especial, liderado por um grande brasileiro, o dr. Juscelino Kubistschek de Oliveira. É a cidade construída por aqueles que acreditaram nesse sonho e que vieram para esse rincão, até então desconhecido, prestar o melhor de seus esforços para tornar esse sonho realidade.  É uma cidade habitada por gente como nós; como eu, que  aqui estou há 47 anos tendo o prazer de somar com essa turma que consolidou definitivamente essa linda e importante capital. Brasília irradia a esperança para milhões de brasileiros que o Brasil, um dia, dará muito certo. A gente que aqui vive não precisa se ofender com as aberrações ditas pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub,  numa fatídica reunião de cúpula do governo,  no mês de março, em que, dentre outras esdrúxulas e nefastas atribuições, afirmou que Brasília era muito pior do que pensava. Tudo aquilo que disse simplesmente confirma e escancara o que a comunidade brasiliense pensa com relação aos políticos brasileiros, com raras exceções, que fazem da política a profissão e não missão, e entram nessa empreitada com o objetivo de encher os bolsos.
» Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga

 
W3 do lazer

Parabenizo o GDF pela iniciativa na W3 Sul. A cidade precisa se abrir para as pessoas. Menos carros e mais pedestres e ciclistas. Obviamente, é preciso ter os devidos cuidados na pandemia, mas é emocionante ver pessoas de todas as idades caminharem e se apropriarem da cidade. Em vez do ronco dos motores, o som dos pássaros e das conversas em família. O sino da igreja Dom Bosco ecoava pela avenida, um sinal de que a cidade precisa despertar para a tendência moderna de se voltar mais para as pessoas.
» Uirá Lourenço,
Asa Norte


Legislativos

A rotina mudou no Congresso, nas câmaras e nas assembleias legislativas. Parlamentares “trabalham” on-line. Está havendo uma constatação explícita: não há necessidade de tantos representantes do povo nessas casas, fisicamente. Nota-se que, quando há sessão, esses deputados, senadores, vereadores se postam, muitas das vezes, com desrespeito ao eleitor, como temos visto em reportagens e vídeos que circulam nas redes. Um fala dirigindo. Outro tem o neto pedindo brigadeiro. Tem um que está sem camisa mostrando aquele barrigão cheio de lagosta, camarão e uísque. A audácia é tanta que até os próprios presidentes das audiências remotas caem na gargalhada. Assim, meu povo, é o nosso país. Com representantes muitas das vezes desnecessários como essa tal Câmara Legislativa do DF. Resumindo: menos mal diante da baboseira que todos falam presencialmente.
» José Monte Aragão,
Sobradinho


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