Opinião

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Correio Braziliense
postado em 18/06/2020 04:05
Inverno

Temperaturas despencam. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as baixas temperaturas devem ser constantes nos próximos dias. O inverno nem começou e estamos sofrendo com essa semana gelada em vários estados do Brasil. Nós, que somos privilegiados, não podemos esquecer dos moradores de rua. A hora de ajudar é agora. Todos nós temos algum agasalho ou cobertor que não usamos em casa. Vamos doar, porque o frio está muito intenso e muita gente está nas ruas precisando.
» José Ribamar Pinheiro Filho,
Asa Norte


Equilíbrio

Tem razão o presidente Bolsonaro ao se queixar dos excessos de invasão pelos demais Poderes nas competências privativas do Executivo. A autonomia não pode ser usada para gerar desarmonia. É hora de se colocar a bola no chão e pôr em  prática o sistema de freios e contrapesos, sabiamente idealizado por Montesquieu. De vez em quando, é preciso aliviar um pé do acelerador e usar, também, o pedal do freio para se encontrar velocidade do equilíbrio e do bom senso. O diálogo entre os titulares dos Poderes da República é imprescindível para se buscar o entendimento e a união de todos no enfrentamento das graves questões sanitárias, econômicas e  sociais que atravessamos. Fica aqui o apelo: parem de esticar a corda porque o andor é de barro.  
» José Leite Coutinho,
Sudoeste



Militares

O decano Celso de Mello vai para a inatividade em novembro próximo. Por ter mandado intimar generais e ministros do Poder Executivo, debaixo de vara, criou grande insatisfação no seio militar. Recentemente, como noticiou o Correio,  um grupo de militares lançou uma carta aberta contra Celso de Mello, com críticas mordazes e comparações que rebaixam essa autoridade. No texto, volta à tona a referência feita pela deputada Bia Kicis, que chamou Celso de Mello de “Juiz de M...”. Para um bom entendedor, um pingo é letra.
» José Lineu de Freitas,
Asa Sul


Ditadura

Pensar dói? Parece que Alexandre Garcia não sabe a resposta. Vejamos: chamar a ditadura de período militar e dizer que o STF não fechou um dia sequer é parte muito pequena da verdade. O Supremo teve ministros cassados, outros empurrados para a  aposentadoria. Os assentos passaram de 11 para 16 com togas mais dóceis ao ditador de plantão. É mais fácil cooptar do que fechar. Ver como positivo o ato do Superior Tribunal Militar (mais uma jabuticaba verde-amarela) absolver civis inocentes é aplaudir a estupidez. Enquanto isso, a tortura, o assassinato, a roubalheira e outros desmandos continuavam. Aí mesmo na redação do Correio, tínhamos que aturar um lambe-botas analfabeto censurando, à noite, o que sairia impresso na manhã.
» Ludovico Ribondi,
Noroeste



Crises

Tornaram-se persistentes, ultimamente, as divergências políticas entre os Poderes, notadamente entre o governo federal e a nossa mais Alta Corte de Justiça. O clima tem ficado cada vez mais tenso, inclusive com ameaças a ministros e atentados a prédios públicos . Numa reslinga tediosa, que parece ter mais provocações pré-concebidas do que sentido real, pretende-se, produzindo um impasse artificial entre os Poderes, buscar a mediação inteiramente inconstitucional das Forças Armadas. Um verdadeiro arsenal de baboseiras, como revelar o móvel que parece estar presente nessas escaramuças desde o inicio do atual governo. A interdição dos Poderes concorrentes com a proeminência absoluta do atual chefe do Executivo. Há inclusive juristas que exacerbam o tom e acusam o Supremo Tribunal de golpista, com julgamentos político-ideológicos etc. Mas, ao que se sabe, a história não registra a tomada do poder político por magistrados ou órgãos judicantes. Verdade é que, sem raiar esse absurdo, o nosso Supremo Tribunal Federal tem realizado julgamentos e tomado decisões monocráticas nas quais caberiam, a nosso ver, mais cautela e, no bom sentido, discernível senso político. Mas, uma coisa é certa. Mais fácil um governo esvaziar, desprestigiar e até fechar um tribunal do que um tribunal derrubar um governo. Golpes de Estado nascem alheios ao direito e nunca terão nada de jurídico. O Jordão, onde se batizam os estados de direito, não foi feito e não existe para ambiciosos e aventureiros.
» Fran Figueiredo,
Brasília

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