Correio Braziliense
postado em 19/06/2020 04:05
Pesadelo
Um leitor de Sobradinho escreveu que vai “apoiar o governo até o Bolzo roubar ou se corromper”. Está na hora de atualizar o ilustre leitor. Esse governo favoreceu a ocorrência de mais de 45 mil mortes. Trapaceou a opinião pública quanto aos seus reais objetivos, a saber: negacionismo, que está levando nosso país à chacota internacional; diversas tentativas de desmoralização dos outros Poderes; sua megalomania fora da realidade; seu ar de “tô nem aí procês”. Só se interessa pelo bem-estar de sua família. Está mais empenhado na dizimação de nossos indígenas e na devastação das florestas — do verde de nossas matas. Em achar que é o rei Sol e que não deve explicação de seus atos à população. Por último, e não menos grave, incitar a invasão de hospitais, onde jazem as vítimas da pandemia, que contam só com os servidores da saúde pública. Se isso não basta para abrir os olhos, é porque perdemos toda a noção do que é ser brasileiro; do que é ser achincalhado pelas demais nações; do que é fazer vista grossa aos desmandos dos apaniguados. É um governo tão absurdo que dá a sensação de um pesadelo a mais nessa pandemia.
» Francisca L. Santos,
Goiânia
Imunidade
No último dia 17, a deputada Bia Kicis fez um comentário em que o parece confundir “imunidade parlamentar” com “impunidade parlamentar”. E, salvo engano de minha parte, os legisladores somente têm a chamada “imunidade parlamentar” quando estão exercendo o direito de falar da tribuna da Casa, e não em outro ambiente. Por que, se não, seria simples. Atropela alguém e mata, mas não pode ser presa por que tem “imunidade parlamentar”? Com o devido respeito.
» Joanir Serafim Weirich,
Asa Sul
Supremo
O grupo que lançou fogos de artifício na frente do Supremo Tribunal Federal (STF) homenageou um prédio vazio que abrigou ilustres juristas ao longo da existência da mais alta Corte do país. Agora, acabou! Infelizmente, o STF não abriga mais sumidades, apenas pelegos que adoram receber os maiores salários da nação, comer do bom e do melhor, ficar em home office até 31 de janeiro de 2021, enquanto o povo sai às ruas para trabalhar e enfrentar o risco de se contaminar com o vírus chinês. Gostaria de orientar o grupo pirotécnico que o prédio do STF pertence ao patrimônio público e não tem culpa daqueles que o ocupam. Os tribunos atuais, completamente afastados do povo, merecem os fogos em frente de suas residências, que não comparecem ao prédio onde deveriam trabalhar nem para receber gordos subsídios e gratificações.
» Cauby Pinheiro Junior,
Águas Claras
Coronavírus
Enquanto nosso presidente fica perdendo tempo atirando para todos os lados e contra os meios de comunicação, tocando o terrorismo, milhares de brasileiros continuam morrendo sem necessidade. Se houvesse uma campanha informando como agir frente aos primeiros sintomas, se os testes ficassem prontos mais rapidamente, se o diagnóstico médico fosse suficiente para começar a medicação, muitas mortes pela covid-19 poderiam ser evitadas. O Governo do Distrito Federal mandou, até rapidamente, a equipe para fazer os exames na minha família. Mas não receitaram nada nem informaram que a oxigenação do sangue deveria ser acompanhada de perto. E os resultados demoraram cinco dias. Muitos só começam a sentir falta de ar quando a oxigenação do sangue está tão baixa que, quando chegam ao hospital, precisam ser entubados. O médico do hospital, onde o pai e a mãe da minha nora foram internados, disse que, se a pessoa chegar com 90% de oxigenação, basta uns três dias de internação sem UTI. Terça-feira, a minha nora estava se sentindo tão mal que procurou um hospital particular já com o resultado positivo para covid-19. O profissional que a atendeu verificou a oxigenação com o oxímetro que deu normal e queria que voltasse para casa. Ela insistiu tanto, que fizeram um exame de sangue, que constatou que, na verdade, estava em 83%. Foi internada. Mas, se tivesse aceitado voltar para casa, quando retornasse ao hospital poderia necessitar de intubação. Se fosse um hospital público ou uma UPA, provavelmente, seria esse o desfecho. Com informação e tratamento rápidos, muitas mortes poderiam ser evitadas e não precisaríamos de tantos leitos de UTI.
» Lana Cunha,
Sudoeste
Água
Como era de se esperar, a Caesb, sob o manto da legalidade, urdiu espertamente um aumento disfarçado nas tarifas de água para a maioria da população. Diz que, agora, não há cobrança compulsória de consumo mínimo, vigente ilegalmente por anos a fio, mas a cobrança pelo consumo real. Porém, introduziu uma tarifa fixa, com outra variável, que, ao consumidor, é vedado entender, resultando em valores mais altos para o consumo igual ao anterior, mesmo abaixo do mínimo. Desta forma, melhor os critérios antigos, mesmo ao arrepio da lei, por custar menos ao consumidor. Os órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público e o Procon, sempre omissos. E as contas continuam quase ilegíveis, apagadas e com caracteres minúsculos.
» Humberto Pellizzaro,
Asa Norte
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