Opinião

>> Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 24/06/2020 04:06
Corrupção

Foram somente alguns meses de regozijo da população brasileira. Um dos principais assuntos na mídia era o combate à corrupção no país. Ladrões do dinheiro público sendo identificados, processados, enjaulados. Recursos públicos desviados ilicitamente, sendo confiscados e devolvidos à nação. Esses larápios sendo punidos com pesadas multas para aliviar, em parte, o mal que fizeram. O brasileiro se anima; agora vai, o país tem jeito. Na sequência, decisões do Supremo arrefeceram os ânimos dos nossos cidadãos. Novo governo. Nas campanhas as promessas de combate feroz à corrupção. A população acredita. Elege aqueles que esperavam dar continuidade nessas ações. De repente acontece o imprevisível — a pandemia do coronavírus. A urgência das providências necessárias para reduzir seus efeitos danosos está sendo um campo fértil para os corruptos. Não precisou nem muito tempo para que, novamente, se tivesse notícias de terríveis desvios de recursos públicos. Hospitais de campanhas sem utilização ou subutilizados, compras superfaturadas ou indevidas, entre outras mazelas. E isso tudo em um momento tão grave, em que milhares de famílias perderam e estão perdendo entes queridos. O que se constata é que esses ladrões não temem a nossa Justiça. A meu ver, contam com os beneplácitos do nosso Supremo.
» Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga


Epidemia

O governador do DF, Ibaneis Rocha, mereceu muitos elogios no inicío da pandemia do novo coronavírus. Foi o primeiro a determinar o fechamento do comércio, mantendo abertos apenas os estabelecimentos essenciais (mercados e farmácias). Por várias semanas, a menor taxa de infecção era a do Distrito Federal. Agora, Ibaneis parece que está cedendo à pressão dos empresários brasilienses, subservientes à vontade do presidente da República, que orientou que partissem para cima dos governadores. O que se vê é o número de infectados e mortos aumentando no DF. Acho que o governador precisa se reencontrar com a sensatez, para não deixar que a capital da República passe a contar centenas de mortes a cada 24 horas.
» Luana Borba da Silva,
Lago Norte


Austeridade

A cada momento, o noticiário mostra que a austeridade prometida pelo presidente Jair Bolsonaro foi puro discurso para ganhar a campanha eleitoral. O Tribunal de Contas da União aprovou as contas do primeiro ano do seu governo com ressalvas, quer dizer que as contas não estão muito corretas. Os gastos do presidente com o cartão corporativo são elevadíssimos. De outro lado, assistimos, como o Correio noticiou, aos cortes de recursos para os serviços de hemodiálise destinados aos pacientes renais crônicos — uma maldade, que custará a vida de centenas de pessoas. Como bem acentuou o editorial dessa terça-feira, áreas estratégicas e essenciais, como saúde e educação, estão acéfalas. Que governo é este? O país está uma desordem, devido às crises criadas pelo presidente e pela sua única preocupação que é evitar que os filhos cheguem ao banco dos réus. Ele foi eleito para tornar o Brasil melhor, não para blindar sua família dos malfeitos que cometeram. Acorda e trabalhe pelo país, presidente.
» Joaquim Honório,
Asa Sul


Manifestações

Nas fotos das manifestações em Brasília, no dia 21 de junho, pode-se observar que os “democráticos” manifestantes contra o presidente Bolsonaro eram tão poucos, talvez pela escassez do pão com mortadela, que eles até poderiam, naturalmente, ter almoçado, sem prejuízo algum para os “antidemocráticos e fascistas bolsonaristas”, no QG Rural instalado na Esplanada dos Ministérios e degustado o costelão com arroz carreteiro oferecido pelos então “assentados do MST” e hoje titulados proprietários de terras, após 16  anos de promessas dessas titulações, finalmente ocorridas neste governo. Ressalte-se que nessa “churrascada” não teve nenhum centavo de dinheiro público ou partidário, apenas o produzido pelos pequenos proprietários rurais nas terras que hoje legitimamente lhes pertencem.
» Humberto Aquino,
Asa Norte


Ponto de vista

Tudo é questão de ponto de vista. Do ponto em que me encontrava observando os fatos,  o do otimismo, não percebi maldade nos fogos de artifício pipocando e iluminando a sede onde se assentam os presumidos mais sábios representantes da Justiça brasileira. Admirei a serenidade da estátua da Justiça, assentada em seu trono, dormindo plácido sono, de olhos vendados. Nenhum petardo contra a instituição. Mil lantejoulas coloridas tecendo efêmera coroa, ajudando as estrelas a iluminar a noite de Brasília. Ressalvada meia dúzia de gatos pingados e escaldados que, quando acordados de sob as asas de Morfeu, andam de mãos dadas protegendo a bandidagem. Para a outra metade, que a inesperada homenagem sirva de alerta  para o que a sociedade deles espera, o combate as duas pandemias: corrupção e covid-19.
» Elizio Nilo Caliman,
Lago Norte

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