Correio Braziliense
postado em 30/06/2020 04:16
Coronavírus
Quanto à covid-19, ao contrário da quarentena radical que gera pânico e depressão, bastaria um bom planejamento e uma quarentena vertical protegendo os mais vulneráveis, provendo máscaras e álcool em gel para todos preventivamente, impedindo aglomerações públicas e punição aos que desobedecessem a essas regras. Não haveria necessidade de fechamento de comércio, escolas e outros setores da sociedade. Gastaríamos menos em hospitais improvisados, compras fraudadas de respiradores e outros gastos desnecessários e amorais, como sempre acontece. Parafraseando Circe Cunha, diria: “Bom senso não faz mal a ninguém e é uma das características da inteligência”. Apesar das medidas radicais adotadas por alguns governos estaduais o índice da incidência do vírus só fez subir. Não podemos esquecer, porém, o câncer, o AVC, a dengue e outras doenças que também matam, assim como a fome. Lamentavelmente, essa pandemia em nosso Brasil adquiriu um viés político marcante, que destruiu uma economia em ascensão e que iria privilegiar todo o povo brasileiro.
Leda Watson,
Lago Sul
» Já que governadores e prefeitos resolveram chutar o pau da barraca, subestimando o mortal covid-19, sugiro que vossas sumidades antecipem o carnaval, os desfiles das escolas de samba, os desfiles do dia da Independência, o Rock in Rio e corrida de São Silvestre. De quebra, lotem os estádios de torcedores e tragam de volta o Festival Folclórico de Parintins. Tudo sem máscara. Os cemitérios agradecem.
Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
» Lamentável e estarrecedor a situação que o país enfrenta devido à pandemia do novo coronavírus, que colocou o mundo de pernas para o ar. No Brasil, não bastassem as dificuldades dada a extensão do país e a má gestão da crise, verifica-se que milhões de reais do auxílio referente às parcelas de R$ 600 proporcionadas pelo governo federal para amenizar um pouco essa crise estão caindo em bolsos errados. Estão deixando na rua da amargura muitos daqueles que, realmente, foram duramente atingidos pela crise. A mídia noticia e apresenta vídeos de pessoas que se beneficiam, ilicitamente, e ainda têm a cara de pau de curtir com a miséria que afeta os mais necessitados. O governo federal tem que achar um jeito de obter o ressarcimento e punir os mal-intencionados. Como se vê, a corrupção parece que está entranhada na índole de muitos. É só lhes dar a oportunidade. Que pena!
Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga
» Os governadores que se opunham ao presidente Jair Bolsonaro, que tratou a epidemia como “gripezinha”, acabaram seguindo as ordens do capitão. Como disse um especialista, em entrevista à tevê no fim de semana, agora estamos vivendo o sistema sanfona: restringe e relaxa o isolamento social, abre e fecha comércio ao sabor dos interesses dos empresários. Aí começa morrer um monte de gente, a oferta de leitos para internação e para a UTI diminuem. A partir do agravamento, surgem às restrições e o povão, descoordenado vai para as ruas, até que centenas começam a pressionar a rede pública de saúde. Por que não para tudo? A economia e o desemprego são os apelos dos governantes. Mas, desde quando mortos contribuem para a economia ou precisam de postos de trabalho? A recessão tornou-se inevitável. Aliás, o ministro da Economia é sujeito oculto nesse processo. Chega para anunciar promessas que não se cumprem e elogiar o chefe, Jair Bolsonaro. Até agora, o governo gastou menos da metade dos R$ 404 bilhões destinados à crise da saúde. O Ministério da Saúde, depois da queda de Mandetta, foi militarizado e se ausentou da crise — transparência zero. O país navega em águas turbulentas sem timoneiro. E, nesse mar, estão depositados quase 60 mil corpos de pessoas mortas pela covid-19.
João Ariel Lima,
Sobradinho
Educação
Diante das trapalhadas dos ex-ministros e candidatos a ministro da Educação, porque o presidente Bolsonaro não convoca o professor Cristovam Buarque, que é da área, entende de educação e foi dispensado por Lula por telefone. Quer melhor credencial?
Gilvan da Silva Gadelha,
Ceilândia
Cotas
A interessante carta “Cotas” (29/06) me fez lembrar uma frase atribuída ao economista americano Thomas Sowell, que é negro e crítico das ações afirmativas, incluindo o sistema de cotas. A frase diz, em termos, que rumamos para uma sociedade onde ninguém é responsável pelo que faz, mas todos nós somos responsáveis pelo que os outros fizeram, no presente ou no passado. Fica a reflexão!
Ricardo Santoro,
Lago Sul
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