Opinião

Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 08/07/2020 04:16



Cotas raciais
Cumprimento o leitor pela excelente carta “Cotas” (29/6), na qual discorre, com ponderação e conhecimento de causa, sobre a questão das cotas racial e feminina. Bisneto de escravo,  soube superar com denodo e garra as dificuldades sociais e econômicas, sem apelar para o tema da injustiça racial. Concordo integralmente com o leitor no que concerne à impropriedade e inconveniência da cota racial que, além de não resolver ou amenizar o problema do desequilíbrio social, cria animosidades raciais em um país em que a maioria da população é constituída por 56% de pardos, obviamente, frutos da união entre pretos e brancos, composição essa que desmente a possibilidade de racismo como costume da população. A atual cota racial, além de injusta, é também duplamente discriminatória. Primeiro, por ensejar a absurda impressão de que o preto é menos inteligente do que o branco. E é também discriminatória em relação aos 25 milhões de brasileiros pobres e miseráveis — uma população semelhante à da Austrália — aos quais tem sido negado qualquer apoio ou compensação no campo educacional. Concordo também em relação às mulheres. As mulheres são tão ou mais capazes do que os homens, em vários campos das atividades profissionais. Hoje, nas universidades, as mulheres são maioria ou se igualam aos homens nos cursos de medicina, odontologia, entre outros. Definitivamente, não precisam de privilégios. Estão conquistando os seus espaços, por capacidade, conhecimento e esforço, sem perder a meiguice e a elegância.
Cid Lopes, Lago Sul


» Queria comentar a carta do leitor Ruy Telles, publicada dia 29/06 sobre a lei de cotas. Concordo em gênero, número e grau com o que escreveu aquele missivista. Acho que a criação de cotas para negros em universidades é uma tremenda política racista, pois declara oficialmente que os afro-descendentes são pessoas inferiores, que precisam de políticas de governo para poderem subir na vida. O que seria mais justo, data vênia, seria destinar 50 ou 60% das vagas em universidades federais e estaduais para alunos oriundos de escolas públicas, isto sim ajudaria os mais pobres, nivelando todo mundo, sem apelar para o racismo. Tenho a impressão de que o eminente ministro Joaquim Barbosa, que muito admiro, também concorda com o leitor Ruy Telles.
Paulo Molina Prates, Asa Norte


Epidemia
No Brasil, são 61 mil mortos e 1,6 milhão de infectados; no mundo, são 521 mil mortos e 10,8 milhões de infectados. As economias das nações foram devastadas. Aos fatos. Entre 18 a 27 de outubro de 2019, realizaram-se em Wuhan os VII Jogos Mundiais Militares, onde se reuniram mais de 9.300 militares atletas de 109 países. No total, mais de 12 mil estrangeiros estiveram em Wuhan, que, por sua vez, abriga o Centro de Cultivo de Vírus, maior banco de vírus da Ásia, capaz de manipular patógenos de classe 4 (P4). Logo após o encerramento dos VII Jogos Mundiais Militares, por uma inacreditável “coincidência”, os primeiros casos da covid-19 passaram a ser divulgados na China. As evidências apontam no sentido de que Wuhan foi uma verdadeira arapuca para o planeta. Como afirmou o presidente dos EUA, Donald Trump, em 29.05.2020, a China deve satisfações ao Mundo sobre as razões pelas quais a covid-19 não foi (praticamente) a lugar nenhum em solo chinês, país com 1,4 bilhão de habitantes, mas espalhou-se pela Terra. O dr. Li Wenliang, que denunciou a existência do chinavírus e foi calado pelas autoridades chinesas, morreu, “coincidentemente”, um mês depois, aos 35 anos de idade. Assunto para o Conselho de Segurança da ONU.
Milton Córdova Júnior, Vicente Pires


» Tenho lido e ouvido falar muito na tal guerra contra o coronavirus. Parece-me uma atitude inadequada. O combate frontal e direto a qualquer doença revela-se perigoso e insensato, porque coloca em risco o próprio doente. O organismo minimamente saudável tem imunidade suficiente contra qualquer micro-organismo patogênico. Temos no nosso corpo mais bactérias e vírus do que o número de células, e podemos conviver com eles harmoniosamente, mesmo porque muitos deles nos são essenciais. Mais inteligente é tomar atitudes preventivas, investindo em modos de vida saudáveis, dando especial atenção à alimentação cotidiana, que deve ser o mais simples possível. O equilíbrio perfeito não existe, há o equilíbrio desequilibrado, dinâmico, em constante transformação. Estamos acostumados a lutar o tempo todo contra tudo e contra todos, inclusive contra nós mesmos, até durante o sono. Estamos em guerra com nós mesmos e é muito fácil declarar guerra a tudo mais. Precisamos parar com a correria que contamina e envenena nossas vidas. Para isso, o coronavírus tem sido útil. Após nos fazer parar e nos acalmar, podemos descansar e começar a nos curar de todos os males físicos, emocionais e mentais.
Humberto Pellizzaro, Asa Norte





Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags