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Correio Braziliense
postado em 09/07/2020 04:17
Coronavírus

Ainda que tenha sido forçado por decisão judicial, o governador Ibaneis Rocha recuou da decisão de liberar geral todos os setores de serviços do Distrito Federal. Seria insensatez e irresponsabilidade abrir todos segmentos do comércio quando não houve nenhuma queda no número de infectados e mortos pelo novo coronavírus. Pelo contrário, todos os dias acordamos com números assustadores tanto no DF quanto no restante do país. É compreensível a ansiedade dos empresários pelo fim do isolamento social e pela retomada dos negócios que estão minguando dia após dia. Mas o efeito sanfona está aí. Abre-se tudo hoje, fecha-se tudo amanhã, pois avanço na epidemia não cessa. É hora de parar geral e esperar a maré baixar para que venhamos ser vítimas desse tsunami epidemiológico que está destruindo vidas e, naturalmente, o nosso país. O bom senso, a lucidez e a responsabilidade com os cidadãos são imperativos no atual momento.
» Heloísa Vieira,
Sudoeste

» Essa esquerda é mesmo demoníaca. Se está no poder, surrupia os últimos centavos do erário. Se está na oposição é controversa ao extremo. Condenar o presidente quanto à operacionalidade da pandemia é de uma idiotice singular, haja vista decisão do STF. Se bem que, diante do que apresentam seus cérebros, fica difícil a interpretação de quaisquer textos, por mais claros que sejam.
» Jivanil Caetano de Farias,
Brasília


Insensibilidade

O então ministro da Educação Abraham Weintraub expressou o sentimento do Planalto ao falar, em alto e bom som, do ódio que sentia pelos povos indígenas e negros. Os vetos do presidente Bolsonaro ao projeto que garantiria proteção aos índigenas e quilombolas torna concreto o sentimento do atual governo a esses povos. Índios e negros, mais uma vez, são desconsiderados seres humanos pelos dogmas da extrema direita que comanda o país: insensível, desumana e vergonhosa. O comportamento é muito semelhante aos dos colonizadores do século 16, que primaram pela limpeza étnica em solo brasileiro.  Não à toa, o número de mortes é crescente neste país, que tinha todas as condições de evitar que a peste do novo coronavírus fizesse tantos óbitos. Mas, “e daí?”. Todos têm que morrer, não é verdade? Então, que morram todos os índios, todos os negros e todos que vivem na periferia. Que todos saiam às ruas, sem máscara e desprotegidos. Desafiem o letal coronavírus. Que todas as terras indígenas sejam invadidas e infectadas por garimpeiros e grileiros, abrindo para a exploração mineral e a devastação da Amazônia. Que todos os quilombolas não tenham acesso à água potável, pois, como negros, “são escória” deste país. As decisões do presidente são repugnáveis.
» Giovanna Gouveia,
Águas Claras


General Heleno

O ministro Augusto Heleno, general excelente e muito respeitado no seio militar, foi punido pelo PT na gestão Dilma Rousself, quando no Comando Militar do Amazonas, por ter feito declarações supostamente ofensivas àquele governo. Agora, responde a inquérito policial no qual se apura declarações dele em que dizia: “A apreensão do celular do presidente pode trazer consequências imprevisíveis”. Logo, alguns intérpretes da teologia criminal vingativa, com aspecto político, viram no contexto um grave crime: “seria uma volta do regime militar”. Ora, gente, no celular de um chefe de Estado pode ter segredos que, divulgados, podem causar situação constrangedora com outros países, colocando a segurança nacional em grave risco e também a economia. O receio do general-ministro seria esse, porque, ao serem divulgado os termos da reunião de 22 de abril, sem obedecer ao que se apurava, inclusive de textos secretos, abriu-se precedentes indesejáveis.
» José Lineu de Freitas,
Asa Sul


Máscara

Segundo a colunista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo (8/7), Bolsonaro disse, para visitantes, que a máscara “é coisa de veado”.  Patética, torpe, destemperada, leviana, infeliz, estúpida, despudorada e covarde declaração que envergonha o Brasil e os brasileiros. O uso da máscara é exortação pela vida. A máscara tornou-se a pregoeira do bem. A voz dos anjos. Preserva o futuro. Portadora do carinho. O porto seguro do belo. A máscara embala bons fluídos. Amedronta o desespero. Protege gerações. É o acalanto do sorriso. Melodia do coração. A segurança da boa energia. Aliada poderosa e indispensável no combate ao coronavírus. Suas cores e tamanhos variados significam a luta contra o pavor. A máscara tem o aconchego da esperança. O dom da transformação. Pedaços de ternura. O elástico é o condutor de emoções. A máscara transforma a ansiedade em bons ventos. É a fada do beijo. A fiel escudeira dos enamorados. Repele o pessimismo. Suspira fé revigorada. As sete letras da máscara anunciam a vitória do amor. Sob o comando de Deus.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte



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