Opinião

>> Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 11/07/2020 04:14
Socorro!

A interferência do Judiciário na vida do povo brasileiro e, atualmente, na do brasiliense, é escândalo que ultrapassa todo e qualquer padrão de racionalidade. O bom senso e o equilíbrio são apanágios da inteligência, e decisões como essas fogem de nossa compreensão. Estamos há três meses enclausurados, sofrendo as consequências disso, obedecendo às diretrizes da OMS, cuja respeitabilidade, nas decisões de idas e vindas, acabou há tempos. Agora, temos de aceitar essa inconstitucional interferência do Judiciário  sobre um governo eleito pelo povo, mas não pode governar, pois a opinião de alguns prevalece ditatorialmente sobre a própria Justiça e prerrogativas de um mandato? O povo está sofrendo muito, sem emprego e modo de subsistência. Vai resistir como? Por milagre? Eu, embora discorde desses abusos, vivo bem, numa casa confortável e salário garantido. Mas não sou egoísta e irresponsável a ponto de concordar com absurdos ditatoriais de um juiz que se acha Deus e interfere em um poder eleito por milhões de brasileiros. A população de Brasília pede socorro. E eu mostro a minha vergonha como brasileira e brasiliense.
» Lêda Watson,
Lago Sul


Justiça e vida

Nessa sexta-feira, fiquei estarrecida com a notícia trazida pelo site do Correio de que empresários ameaçam matar o juíz e os autores da ação que impede o “libera geral”, como anunciou o governador Ibaneis, é o maior desejo do insensivel presidente diante da tragédia sanitária do país. As ameaças ocorreram pelas redes sociais, ao melhor estilo dos bolsominions aloprados, que pouco se importam com o destino da nação, menos ainda com a vida das pessoas, apesar de o líder dos aloprados ter contraído a covid-19. A meu ver, a Polícia Federal deve fazer uma devassa e identificar os autores. A Justiça deve ser implacável com esses desvairados, que querem lucrar a qualquer custo, mesmo que milhares morram. Os óbitos são o que menos importa, desde que os lucros sejam altos. A Justiça age corretamente quando barra o “libera geral” no momento em que o vírus vem infectando centenas de pessoas a cada 24 horas e matando outros tantos no mesmo espaço de tempo. Seria irresponsabilidade não impedir as decisões insensatas daqueles que deveriam zelar pela vida dos cidadãos.
» Guadalupe Gonzaga,
Park Way
A bola

Sou linda. Amada no mundo todo. Bem feita, colorida e feliz. Sou famosa como a Bíblia e aquela marca de refrigerante. Aonde chego, todos se encantam. Mesmo nesta quadra tenebrosa da pandemia, não fazem nada sem mim. Costumo ser tratada como rainha, com carinho, deferências e cuidados especiais. Faço o espetáculo, encarno a festa e a alegria. As crianças também vibram comigo. Alguns abusam da minha beleza. Levo sustos e pontapés, mas a maioria me trata com devoção e amor. Costumo ser beijada e mandada para longe, em algumas comemorações.  Em todo lugar, sinto-me em casa. Sou respeitada, sabem o perfume que gosto. Alguns até querem dormir comigo. Quando soa o apito, continuo procurada por muitos. No apito final, geralmente, sou levada para casa por algum admirador.  Sou deusa morando em galerias, museus e bem avaliada por colecionadores. Mesmo sem torcida, como agora, conquisto multidões. Dou as cartas tanto quanto o cidadão de preto. Faço parte do amplo cenário de luzes, redes,  pernas, uniformes, cadeiras, balizas e autofalantes. Voltei do descanso forçado. Na minha ausência, apareceram máscaras, testes e recomendações médicas. Mas continuei necessária e inabalável. O perigo tomou conta do mundo. Em épocas normais, trabalho muito. Os calendários não dão sossego. Enxuta ou molhada, não ligo para a tristeza. O futebol não existe sem mim.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte


Descompromisso

O meio social em que se vive no nosso país é enormemente contaminado pela falta de compromisso, de palavra e de responsabilidade. Não se responde às necessidades, nem de forma verbal, muito menos com atitudes. Confunde-se responder com retrucar. As relações entre chefes e subordinados, fornecedores e clientes, pais e filhos, professores e estudantes, médicos e pacientes, homens e mulheres, líderes e seguidores são, em geral, assim caracterizadas. Até no WhatsApp inventaram um meio de não confirmar a leitura de mensagens, que se generalizou. Acho isso uma tremenda descortesia. Só se responde por interesse, não por educação. Responsabilidade é respondibilidade.
» Humberto Pellizzaro,
Asa Norte

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