Opinião

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Correio Braziliense
postado em 21/07/2020 04:05
Olímpio Pereira Neto

A morte do escritor Olímpio Pereira Neto, vítima de complicações da covid-19, deixa duas cidades órfãs. Uma é a goiana Orizona, onde nasceu. A outra é Brasília, onde morava. Ele foi o orizonense a deixar mais contribuições à literatura e à história do município. Grande parte do que sabemos sobre o povoamento e as origens da cidade advém de suas pesquisas. Formado em letras vernáculas e educação moral e cívica pela Universidade Federal de Goiás, fundou e manteve o jornal O Pioneiro e escreveu 15 livros, dois dos quais ainda inéditos. Entre eles, Orizona: cidade e campo, Verdes campinas, Lendas e contos do Planalto Central. Também participou de coletâneas e antologias de contos em Goiânia, Brasília, Orizona e outras partes do Brasil. Era titular da Cadeira nº 20 da Academia Taguatinguense de Letras, e da Academia de Letras, Ciências e Artes de Campo Formoso, de Orizona. Olímpio deixa saudade e, sobretudo, significativa contribuição à memória nacional.
» Eloiza Rocha Pereira,
Park Way

Brasília perdeu para a covid-19 um de seus maiores escritores, o pensador, memorialista e pesquisador goiano-brasiliense Olímpio Pereira Neto, que agora, na academia celestial, vai confabular com Cora Coralina, Bernardo Élis, Cassiano Nunes, Stella Rodopoulos, Márcio Cotrim e Samuel Rawett. O mestre Olímpio desvendou as lendas do cerrado e do Planalto Central, dos Crixás aos Calungas, do Anhanguera a JK, cantou em prosa e verso a pré-história candanga e as pinturas rupestres encontradas por Cruls e Paulo Bertran em Pirenópolis e na Serra do Bisnau. Rememorou o índio Paranoá, que nomeia o lago e versa sobre as Águas Emendadas, a Lagoa Formosa, o Morro da Capelinha, a Granja do Torto, o Campo da Esperança e o Vale do Amanhecer. Sua escrita retrata o sertão goiano de Orizona, Goiás Velho e Luziânia a desvelar os caminhos dos bandeirantes e pioneiros. Os amigos, leitores e confrades da Academia Taguatinense de Letras sentirão muita saudade. Evoé, Olímpio Pereira Neto.
» Gustavo Dourado,
Brasília


Desrespeito

É lamentável que o Correio Braziliense tenha de tecer comentários sobre ato de pessoas que não valorizam a vida e, ainda por cima, desrespeitam as recomendações da medicina. Ainda bem que se tratam de alguns gatos pingados, que são contados e vistos pela telinha da TV, sem qualquer dificuldade visual. Por outro lado, observamos que esse tipo de ato, além de perder o seu objetivo, demonstra a fraqueza do governo em toda sua amplitude, visto que as reivindicações expostas em faixas não espelham nenhuma novidade no cenário político do País. Em suma, temos que pedir aos deuses que guiem as cabeças desses pseudos manifestantes para manter o isolamento e adotarem as medidas recomendadas pelos órgãos competentes da saúde.
» Montesquieu T Alves,
Lago Norte


Animais

Não é de hoje que a orla do Lago Paranoá está cheia de capivaras, gatos e saruês. Uma visita entre as QLs 24 e 28 do Lago Sul comprova facilmente o alegado. São animais, principalmente os roedores citados, que, sabidamente, trazem doença ao ser humano e a animais domésticos. Não à toa, os gramados da beira do lago estão infectados de carrapatos. A população desses animais (de quem, em verdade, nós que ocupamos seus espaços) parece só aumentar a cada ano. Com base nisso, pergunto se os órgãos ambientais e as entidades não-governamentais da sociedade civil não possuem algum plano de castração desses animais. É questão, sobretudo, de saúde pública.
» Ricardo Santoro,
Lago Sul


Queiroz

O ex-assessor de Flávio Bolsonaro, o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, atualmente em prisão domiciliar, espera, em seu majestoso e confortável apartamento, em vez de reclusão no cárcere, uma restituição gorda em seu Imposto de Renda neste ano. Depois que o escândalo dos depósitos (rachadinhas) explodiu, ele, finalmente, resolveu oficializar a situação e declarou a família Bolsonaro como dependente. Queiroz, até então, dizia que vendia carros usados e chegou a participar de um concurso de danças em hospitais para sobreviver. Para reforçar sua renda mensal, o ex-assessor também fez bicos no setor editorial. Ele lançou uma série de livros de sucesso chamada Onde Está Queiroz? O leitor e o Ministério Público podiam se divertir tentando encontrar uma imagem de Queiroz. A brincadeira não deu muito certo, porque a cor do boneco, laranja, chamava muito atenção e ele seria facilmente encontrado. No campo da profissão, em sua declaração de Imposto de Renda, o ex-assessor escolheu “produtor rural”, provavelmente pela sua experiência na produção de laranjas. Em tempo: sua esposa, mesmo foragida da Justiça, recebeu a benesse fraterna da prisão domiciliar do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha. Aliás, em abril, o presidente Bolsonaro disse que, quando viu o presidente do STJ pela primeira vez, foi um “amor à primeira vista”. Bolsonaro, enfatizou: “Me simpatizei com Vossa Excelência”. Pelo visto, virou uma sólida amizade.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras

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