Correio Braziliense
postado em 01/08/2020 04:14
Lava-Jato
Todos brasileiros, minimamente informados, percebem que existe um movimento orquestrado para desqualificar o trabalho sério e competente que vem sendo realizado no combate à corrupção no país, a partir da criação da Lava-Jato de Curitiba e seu desdobramento em São Paulo e Rio de Janeiro. A operação mexeu com poderosos empresários e políticos que, comprovadamente, assaltaram os cofres públicos. Alguns deles foram presos e tiveram que devolver ao erário os valores que receberam ilicitamente. Outros estão sendo investigados e irão pagar pelos seus malfeitos. As forças-tarefas contam com o apoio da população, que deseja um Brasil mais próspero e menos desigual socialmente. Embora o resultado alcançado, até aqui, com cerca de R$ 30 bilhões recuperados, é inaceitável levantar suspeição sobre procuradores, policiais e juízes federais que receberam a incumbência de investigar e punir essa corja de bandidos de colarinho branco. Precisamos nos mobilizar para que não prospere qualquer tentativa espúria de destruir a maior operação de combate à corrupção no mundo. Quem tiver na linha de frente ou por trás desse movimento que se cuide, pois a sociedade o repudiará e dará o troco no momento oportuno
» José Leite Coutinho,
Sudoeste
Varidades
O procurador-geral da República e o ministro da Justiça lutam, gloriosamente, para ver quem agrada e comove mais Bolsonaro. Sonham com o STF. O Banco Mundial, ao acolher o compulsivo e desprezível ex-ministro da Educação, desmoraliza a entidade, insulta o bom senso e mostra que, para alguns, o crime compensa. Parabéns aos jornalistas do Correio Braziliense que conquistaram o prêmio, na categoria Jornal Impresso, na 8ª edição do troféu República de Valorização do Ministério Público Federal. Pena que o incansável repórter Irlan Rocha Lima tenha esquecido de recordar, entre os shows memoráveis que cobriu( CB, 31/7), o inesquecível show de Agnaldo Timóteo, no Teatro dos Bancários. Emocionante, o público cantando com Agnaldo durante todo o espetáculo. Espera-se que a Câmara dos Deputados discuta e aprove, a exemplo do que fez o Senado, o projeto do senador Reguffe que obriga os planos de saúde a custear quimioterapia oral nos pacientes com câncer. Parte da crônica esportiva começou a lamber o anunciado novo técnico do Flamengo, pelo fato de ter sido auxiliar de Guardiola. E daí? Beleza não põe mesa. Temos bons e vitoriosos técnicos no Brasil. Sempre é tempo e louvável cobrir Marco Maciel de justas homenagens. O Brasil costuma não ter memória política.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
R$ 200
Em janeiro de 2010, escrevi neste espaço sobre a existência de notas de alto valor, especialmente as de R$ 100. Transações eletrônicas eram comuns há 10 anos e, hoje, são feitas até pelo celular. Cartões de crédito continuam em pleno vapor, ao contrário de cheques e notas promissórias, cada vez mais no ostracismo. Tíquetes e vales continuam na ativa. Dinheiro, usamos para o café e o jornal, enquanto moedas continuam sendo odiadas por muita gente. Não é mais necessário, tampouco comum e seguro, andar com alta quantidade de dinheiro em espécie na carteira. Quem o faz sente vergonha de ser suspeito. Notas altas dificultam o troco e facilitam o transporte de dinheiro não declarado, seja na mala ou na cueca. Há 10 anos, questionei por que não acabar com as cédulas de R$ 50 e de R$ 100. Afinal, quem seriam os grandes prejudicados? Hoje, vejo-me diante da criação das cédulas de R$ 200. Se for para imprimir dinheiro e pô-lo em circulação como contenção da crise econômica da covid-19, isso não significa necessariamente criar uma cédula de valor maior. Fora o risco de inflação, segundo alguns especialistas, que ainda divergem sobre a sedutora ideia. Esperamos, ainda, por uma boa resposta!
» Ricardo Santoro,
Lago Sul
Meio ambiente
Por onde passa um boi passa uma boiada. O plantel passou inteiro, sob os bigodes e barbas do Congresso Nacional. A funesta estratégia do antiministro Ricardo Salles foi acolhida pelo capitão-mor. Flexibilizou normas, mais de 100, para facilitar a devastação da Amazônia, do Cerrado, da Mata Atlântica. O único verde que concebem é o das fardas do Exército. O restante tem que ser dizimado, mesmo que isso represente menos vários trilhões no caixa da União, num país em que a economia não vale um caco de barro quebrado. O planos de Paulo Guedes fracassaram. A pandemia expôs a fragilidade de um governo que não tem projeto para nenhuma área, exceto para o enriquecimento da indústria bélica. O anti ministro tem espaço para dar asas aos seus projetos fratricidas contra o meio ambiente e as populações indígenas, ribeirinhos e extrativas, consideradas guardiãs do patrimônio natural. O general Hamilton Mourão, que, supostamente, comanda a Amazônia, vai, aos poucos, tendo as sua palavras trituradas pelas motosserras, que devastam a região. A sociedade brasileira e o mundo perdem com os desatinos de um desgoverno que só faz semear ódio.
» Giovanna Gouveia,
Águas Claras
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