Correio Braziliense
postado em 05/08/2020 04:05
Lixo
O verdadeiro desastre ambiental do Brasil do século 21 não está no meio do mato, mas, sim, na cara de todo mundo, todos os dias, e não afeta sapos ou papagaios, mata gente de carne e osso. Centenas de cidades brasileiras são envenenadas por rios mortos como o Tietê e o Pinheiros. Não menos que 50% da população, ou 100 milhões de pessoas, não dispõem de esgoto. Uns outros 40 milhões, possivelmente, não têm acesso à água tratada de qualidade. Há 3 mil lixões em pleno funcionamento em 1.600 cidades, aterros ao ar livre, onde lixo e detritos de todo tipo são jogados e abandonados sem tratamento algum. Desde 2014, não deveria mais existir lixão aberto no Brasil, por exigência de lei. Porém, há mais lixões hoje do que cinco anos atrás. Essas cordilheiras de dejetos contaminam a água, poluem o ar e envenenam o solo. Cerca de 95 milhões de cidadãos, segundo empresas de limpeza pública, têm a saúde e a qualidade de vida prejudicadas pelo descarte do lixo em meio à população em geral. Mas, quem é que está ligando para isso entre os autocratas ambientais?
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Volta às aulas
Em poucos meses, deverei completar 70 anos — se conseguir continuar driblando o novo coronavírus e obediente às autoridades médicas. Com quase sete décadas de vida, em vários momentos, fui obrigado a recuar de alguns objetivos, adiar outros compromissos e abrir mão de muitas coisas, por interesse próprio ou para fazer a vontade de outras pessoas. Um dos meus cinco filhos tinha repulsa à escola. Mas não desisti dele. Sempre lhe dei carinho e, assim, conseguia dialogar e mostra-lhe a importância da educação. Ele repetiu de ano. Tirava notas muito aquém do esperado. Sempre fui contornando um ou outro problema. Em determinado momento, quando adolescente, ele compreendeu os meu mantras sobre a escolaridade. Hoje, é um professor muito bem-sucedido e sempre requisitado, consome livros — o que me livra dessa despesa, pois ele me repassa as obras lidas. Então, vejo como açodada e extemporânea essa necessidade de mandar os meninos para a escola em meio à pandemia. Pôr em risco a saúde por causa de um ano letivo, quando o aprendizado está totalmente prejudicado. Por que não esquecer 2020 e recomeçar de onde pararam em 2021? Precaução, bom senso e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
» Waldemar Silva,
Asa Norte
Educação
Tomara Deus que, com a aprovação do novo Fundeb, o Governo do Distrito Federal (GDF) faça uma reformulação no plano de carreira dos professores locais ou pague alguma gratificação extra, pois os salários desses profissionais estão congelados há anos e são os mais baixos do GDF para nível superior .
» Washington Luiz Souza Costa,
Samambaia
Pai
O pai tem o ombro amigo. Mãos severas. É a bússola do bem. O olhar solidário. Gestos largos de alegria e orgulho. Vibra com o sucesso dos filhos. Compartilha responsabilidade e confiança. Estimula sonhos. Constrói emoções. Oferece lições. Abre caminhos. Corrige maus impulsos. É o zeloso companheirão que Deus colocou nas nossas vidas. As queimadas também destroem a consciência da humanidade. Cinzas espelham o desencanto dos animais. A água é humilhada pelo fogo. Raízes choram por piedade. Frutos invocam o sofrimento das sementes. Bolsonaro erra feio, querendo trocar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ferrenho defensor da governabilidade, por um vassalo engravatado. O “mito” não gosta de quem pensa com a própria cabeça. A pandemia da covid exibe outra medonha estatística no Brasil varonil. Vasto paraíso para golpistas, pedófilos, assassinos, assaltantes de bancos, fugas de presídios, mortes por afogamentos, feminicídios, ladrões de carros, apreensão de drogas e armas, tráfico de menores e contrabando de cobras. Estou lisonjeado com elogios da leitora Thelma B. Oliveira (CB-3/8). Espero jamais desapontá-la.Sou favorável à cobrança em estacionamentos públicos.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Lava-Jato
A corrupção é semelhante à pandemia, com poderes de alastrar-se infinitamente e alcançar pobres, ricos, políticos, etc. Vejamos o caso da Espanha, onde o símbolo da democracia espanhola, pelo importante papel representado na transição pós-ditadura da era Franco, está sendo obrigado a deixar o seu país. Aqui, no nosso Brasil, graças ao trabalho da Operação Lava-Jato, conseguimos desbaratar verdadeiras quadrilhas de corruptos alocadas no Congresso Nacional e no Poder Executivo, redundando, inclusive, na condenação de um ex-presidente da República. Não obstante, surgem figuras ou autoridades dos Três Poderes com ideias mirabolantes e estúpidas, na busca de acabar com essa atividade investigativa que deu certo aqui e em outros países.
» Montesquieu T. Alves,
Lago Norte
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