Correio Braziliense
postado em 06/08/2020 04:05
Acidente
A queda do helicóptero dos bombeiros na última semana deixou algumas dúvidas sobre as pessoas mais atentas à notícia. Por que os ocupantes da aeronave não foram avisados que o paciente já estava morto antes de pousar? Será que não faltou perícia ao tal coronel que comandava a aeronave? Ainda bem que não houve vítimas, até mesmo porque a nave já estava muito baixa, apenas houve prejuízo material, o que não representa nada já que a área de segurança do DF dispõe de muita verba e muito dinheiro para gastar.
» Washington Luiz Souza Costa,
Samambaia
Estacionamentos
Há mais de 20 anos, o assunto da cobrança de estacionamentos na área central está em pauta. Nesse tempo todo, não houve esforços para dotar a cidade de um sistema de transporte público ao nível das grandes capitais do mundo, que torne possível não usar o carro. Muito menos se viram providências para a construção de edifícios-garagem nas áreas mais frequentadas. Agora, vem a proposta, levada ao extremo, de cobrança de estacionamento até dentro das quadras residenciais. A alegação é democratizar o espaço público e incentivar o uso do transporte coletivo. Conversa! Espaço democrático é o que pode ser usado sem precisar pedir licença a ninguém, como a praia. E incentivar o uso de um transporte no qual há assaltos diariamente e que, frequentemente, entra em greve? Como das vezes anteriores, querem começar pelo fim em vez de copiar as melhores cidades do mundo, como Londres, Paris, Munique, Madri, Lisboa. Faço uma pergunta aos autores da proposta: vocês se deslocam nesse transporte público que estão recomendando? Se a resposta for positiva, eu farei até campanha pela tal Zona Verde.
» Roberto Doglia Azambuja,
Asa Sul
Palocci
O ex-ministro Antônio Palocci, acossado pela operação Lava-Jato, transformou-se num trapo humano. Não é mais aquele gentil homem, farrista, altaneiro e que dava as cartas à frente do Ministério da Fazenda. Casa de alto padrão no Lago Sul, própria, vivia de frequentes festas com a presença de autoridades, amigos e belas mulheres, regadas a bebidas caras e comidas sofisticadas. Eis que vieram inúmeras condenações por corrupção e outros crimes. Então, achou uma luz no fim do túnel para se safar ou amenizar as penas: delatar o seu benfeitor e maior amigo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A delação foi juntada a um processo após a instrução contra Lula. O Supremo Tribunal Federal entendeu que houve imparcialidade do então juiz Sérgio Moro, ao, de ofício, juntar essa peça aos autos, com o fito de prejudicar Lula, que seria concorrente na eleição presidencial de 2018. Palocci foi beneficiado com prisão domiciliar. Moral da história: prejudicou o atual ex-juiz e, hoje, vive em desassossego eterno nessa clausura. Há mal que vem para o bem.
» José Lineu de Freitas,
Asa Sul
Lições
Preliminarmente, informo que gosto dos textos do jornalista Rodrigo Craveiro. Identifico-me muito com sua visão. Parabéns pelo artigo Lições de Atacama. Sou transplantado de medula óssea e estou em confinamento há mais de dois anos. Confesso que já fiquei bem-estressado com a ideia de ficar recluso em casa (e olha que sou caseiro), principalmente, quando a saúde começa a se restabelecer. Mas, sempre que esse pensamento vinha à mente, eu pensava, e ainda penso: melhor aqui do que em um quarto de hospital, que é melhor que na UTI (fiquei em coma 13 dias e cheguei a ser desenganado). Lamentável o egoísmo de alguns de nós para com sua própria vida e,principalmente, com a do outros. Mais uma vez parabéns pelo paralelo do texto para com o que enfrentamos hoje.
» José Teixeira Gomes Ferreira Júnior,
Brasília
Volta às aulas
A volta às aulas converteu-se no mais recente dilema que perturba e incomoda a população, provocando impasses e conflitos entre autoridades públicas federais, estaduais e distritais, juízes federais, estaduais, distritais e do trabalho, ministérios públicos federais, estaduais, distritais e do trabalho, em todo o país. O cerne do problema reside na questão sobre o âmbito de competência para o enfrentamento da pandemia, se federal, estadual ou municipal. Em princípio, parece ser uma questão bastante simples e lógica, pois, se é pandemia, sugere que seu alcance seja mais amplo. Se a enfermidade atinge toda população, então, as ações de prevenção e tratamento deveriam ser de amplitude nacional. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão monocrática, intrometeu-se na área de competência do Executivo federal, deslocando para governadores e prefeitos a competência para a adoção de medidas preventivas e terapêuticas, inclusive o isolamento social e as restrições ao direito de ir e vir. Estabeleceu-se, então, a confusão. Governadores, prefeitos, juízes e Ministério Público emitiram, muitas vezes, normas e decisões divergentes, instalando dúvida e insegurança. Insegurança essa que se renova quando, agora, amenizada a velocidade da propagação do contágio, cogita-se de promover o retorno às aulas. Embora seja questão de saúde pública, afeta ao Executivo, vem sendo tumultuada pela intersecção de questões trabalhistas ou econômicas, que, no caso, são de secundária importância, pois, o que importa é a probabilidade de o retorno à aula presencial agravar ou não a intensidade do contágio.
» Cid Lopes,
Lago Sul
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