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Huawei cultiva talentos brasileiros em intercâmbio de tecnologia na China

Com o programa Seeds for the Future, universitários viajam para a capital chinesa, Pequim, e para a sede da empresa no país, onde estudam as últimas novidades tecnológicas e têm contato com as mais recentes soluções em TIC

Bruna Oliveira
postado em 27/12/2019 15:25
Estudantes brasileiros participam do programa Seeds of the Future.
O mercado de trabalho brasileiro está em constante mudança. O avanço da transformação digital em diversos setores traz consigo desafios e oportunidades inerentes de capacitação da mão de obra para funções que antes não existiam. E isso é ainda mais latente em um dos motores desse movimento, o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Nesse sentido, uma iniciativa da empresa Huawei, que investe mais de US$ 15 bilhões por ano no fomento ao setor, tem contribuído para a formação de profissionais desde 2015. É o Seeds for the Future, programa com o objetivo de desenvolver talentos locais, acelerar o intercâmbio de conhecimento, promover o interesse dos jovens em TIC e encorajá-los na construção e na participação das comunidades digitais pelo mundo.

Pelo Seeds for the Future, universitários de destaque de todo o mundo vão para a China por um período de 15 dias. Yao Wei, presidente da Huawei no Brasil, acredita que a capacitação da mão de obra para o setor TIC brasileiro é um investimento importante da empresa no país. ;A ideia do projeto é impulsionar o mercado e desenvolver projetos inteligentes por meio da educação de jovens talentos que estão ingressando no setor. O profissional do futuro precisa ser multidisciplinar, multicultural e ter capacidade de adaptação rápida, características trabalhadas pelo Seeds for the Future. Não é à toa que o nome escolhido para o programa é Sementes para o amanhã;, explica.

A seleção anual dos participantes é feita pela Huawei em colaboração com instituições brasileiras parceiras, como o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), a Universidade do Norte do Paraná (Unopar), a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), a Universidade de São Paulo (USP) e a Kroton Educacional. Cada uma tem seu próprio critério de escolha dos estudantes e algumas promovem, por exemplo, competições como o Hackaton para chegar aos indicados.

O programa Seeds for the Future já capacitou mais de 20 mil estudantes de 96 países. No Brasil, cerca de 100 alunos participaram do programa desde que foi lançado, há quatro anos, em cooperação com o Ministério da Educação. ;Nossa interface com relação a esse projeto se dá em três frentes principais: com o jovem, com a universidade e com órgãos governamentais e de classe. Os jovens, sejam ele os selecionados ou não, sempre se encantam quando ouvem falar do programa. É algo ainda inovador e que, às vezes, parece um sonho. As universidades, por sua vez, entendem esse projeto como um atrativo para os alunos em decorrência do ganho de competência e conhecimento. Os órgãos governamentais e de classe também têm seus objetivos pautados no desenvolvimento de talentos e, através dessa parceria com a Huawei, são beneficiados pela especialização da mão de obra;, afirma Amália Andreu, gerente de RH da Huawei.
Estudantes de todo o Brasil visitam a sede da Huawei na China.
Na China, os universitários têm a oportunidade de adquirir conhecimentos gerais e específicos na capital, Pequim, e na sede da Huawei em Shenzhen. Os jovens estudam as últimas novidades tecnológicas no Centro de Treinamentos da sede da Huawei, e acompanham demonstrações das mais recentes soluções em TIC. Também conhecem todo o ecossistema de negócios de uma das mais dinâmicas e modernas cidades da China.
Grupo de estudantes visitam monumentos famosos durante o programa Seeds of the Future.
A viagem também aborda a cultura chinesa, com a oportunidade de conhecer mais sobre arte, caligrafia e monumentos locais, além de aulas em mandarim. ;O programa tem a capacidade de contribuir para o jovem tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Quando ele volta, está apto a aplicar o conhecimento que acumulou em empresas do setor e a disseminar todo o seu aprendizado em seu círculo de convivência. Os aprendizados práticos desenvolvem no jovem um perfil dinâmico e flexível, preparando-o ainda mais para o primeiro estágio e emprego. É muito comum, inclusive, que os jovens participantes comecem a trabalhar conosco como estagiários ou em alguma empresa do nosso ecossistema de negócios;, explica Amália Andreu.
Participantes do Seeds of the Future passeiam pela Muralha da China.
Contribuindo com o Brasil

Um dos participantes brasileiros da edição 2019 foi o estudante João Pedro Calazans, de Volta Redonda (RJ). Encantado pelo universo dos games desde que o primeiro contato com um computador, ele escolheu se profundar na área e cursa Jogos Digitais no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ).

Para João Pedro, ;a indústria de jogos no Brasil está em desenvolvimento; e é preciso mostrar a credibilidade e o talento dos profissionais locais para desenvolver a indústria nacional de games. ;Para impulsionar o mercado local, preciso adquirir muito mais conhecimento e expandir meus horizontes. A oportunidade de participar do programa Seeds for the Future é um grande passo dentro do meu objetivo;, conta o jovem.
João Pedro Calazans, participante do Seeds of the Future 2019.
Fernando Lucas Garzoni, estudante de engenharia mecânica na Universidade de Cuiabá, foi aprovado no Seeds for the future após passar por uma análise criteriosa. Com a certeza de que a experiência representa um divisor de águas em sua vida, o jovem resume: ;É a oportunidade mais incrível que já tive;.
Fernando Lucas Garzoni, participante do Seeds of the Future 2019.
A nanotecnologia e a Inteligência Artificial são seus principais campos de interesse. Ele também estuda aplicações do material ;mais famoso; do momento, que é o grafeno. ;Desde pequeno sempre desmontei e montei meus brinquedos e equipamentos eletrônicos com o objetivo de entender o funcionamento e tentar melhorá-los de alguma forma. Aliando meu espírito curioso ao fato de que sempre fui fã de astronomia, não foi muito difícil entender que meu ramo seria a ciência;, revela Fernando.

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