Correio Braziliense
postado em 19/05/2020 16:16
Quando iniciou sua operação em Brasília com o Centro de Oncologia na Asa Sul, em 2011, o Sírio-Libanês começava uma história inédita em seus quase 100 anos de atuação no país. Era a primeira vez que ultrapassava as fronteiras de São Paulo para se instalar em outra região. A presença foi ampliada em 2014 e 2016, com um novo Centro de Oncologia e o Centro de Diagnósticos. Agora, a instituição celebra o 60º aniversário da capital federal como parte de sua história, comemorando também o primeiro ano de funcionamento de sua nova unidade, um hospital completo que consolida ainda mais seus serviços de excelência em saúde.
“O Sírio-Libanês foi muito bem recebido pelos pacientes e pelos profissionais de Brasília, uma cidade acolhedora feita de gente do Brasil inteiro. Temos aqui um histórico do qual nos orgulhamos muito”, afirma Dr. Gustavo Fernandes, Diretor Geral do Hospital Sírio-Libanês em Brasília. “O começo, em 2011, foi pela Oncologia, uma área forte no hospital. Eu, Dr. Rodrigo Medeiros e Dr. Alessandro Leal éramos médicos muito jovens e crescemos com o serviço aqui na capital. O hospital confiou em nós, apostou e hoje temos um serviço líder no Centro-Oeste. São 15 médicos titulares, todos com doutorado e formações internacionais”, celebra, ao comentar sobre a equipe que atua nas unidades da 613/614 Sul e da QI 15 do Lago Sul.
Depois da Oncologia, vieram outros serviços, como a Radioterapia, em 2013. Com ela, o Sírio-Libanês trouxe para Brasília um dos aceleradores lineares mais moderno do mundo, o TrueBeam STX. Cada equipamento pode atender até 80 pacientes por mês, com uma enorme precisão tecnológica para atingir os tumores, o que torna alguns tratamentos contra o câncer mais rápidos e com menos efeitos colaterais.
Com o tempo, o setor de Oncologia cresceu, incorporando áreas como a Oncogenética e os Cuidados Paliativos. No Departamento de Oncogenética, é investigada a possível influência hereditária em alguns tipos de câncer. Assim, com o conhecimento prévio da predisposição a determinado tumor, pode-se estimular a mudança de hábitos de vida e, por meio de um plano de exames periódicos, detectá-lo precocemente, aumentando as chances de cura.
No Programa de Cuidados Paliativos do Sírio-Libanês, hoje referência nacional, uma equipe multidisciplinar promove a qualidade de vida de pacientes, apesar das dificuldades provocadas pela doença ou pelo tratamento. O programa, desenvolvido conforme definido em 2002 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), teve início na Oncologia, e depois foi estendido para as demais especialidades do Sírio-Libanês.
Centro de Diagnósticos
“Em 2016, foi inaugurado o Centro de Diagnósticos. Um grupo de radiologistas e médicos nucleares, com a liderança do Dr. Edgar Franco Neto, vem construindo uma história muito bonita nessa área, com níveis de satisfação e qualidade muito altos”, destaca Dr. Fernandes.
Com estrutura ampla na 613/614 Sul, equipe especializada e os equipamentos mais avançados do país, o Centro de Diagnósticos oferece desde exames laboratoriais até serviços como PET/CT, tomossíntese (mamografia 3D), ressonância magnética, biópsias e tratamentos guiados por imagem, que podem ser realizados em regime ambulatorial, sem necessidade de internação. Os laudos e resultados ficam disponíveis online, tanto para médicos quanto pacientes, graças a uma solução de última geração para armazenamento de dados.
Complexo Hospitalar
Em fevereiro de 2019, o Sírio-Libanês expandiu mais uma vez sua operação na capital federal, com um hospital geral na 613 Sul. Já referência no diagnóstico e tratamento oncológico, a instituição passou a oferecer em Brasília e região a mesma excelência em outras especialidades médicas, como cardiologia, neurologia, ortopedia e emergências por meio do Pronto Atendimento. O complexo dispõe de centro cirúrgico de última geração, UTIs humanizadas, leitos confortáveis e funcionais, além de corpo clínico e profissionais altamente especializados.
“Saímos de um nicho, que são os pacientes com câncer, e passamos a fazer um nível de atendimento mais complexo e geral. Trouxemos a expertise de São Paulo, utilizando profissionais daqui e adequando à realidade local”, explica Dr. Fernandes. São seis salas de cirurgia equipadas com os mais modernos recursos, além de 144 leitos e 31 UTIs distribuídos em 30 mil metros quadrados.
Os avanços tecnológicos na medicina, unidos a uma equipe capacitada, boa estrutura física e atendimento humanizado garantem, por exemplo, intervenções cirúrgicas menos invasivas. Um exemplo é a cirurgia robótica, com recuperação mais rápida e redução nos riscos de infecções, entre outros benefícios. Outra tecnologia de destaque é a ressonância magnética intraoperatória, que permite monitorar, em tempo real, por meio de imagens, o processo cirúrgico cerebral, mostrando com exatidão as estruturas relacionadas à lesão.
Saúde Pública
A tecnologia empregada no Sírio-Libanês também é usada em prol da saúde pública, um compromisso da instituição desde a chegada a Brasília. Nesse sentido, oferece tratamento radioterápico a pacientes encaminhados pelo Hospital da Criança de Brasília José de Alencar. Em outro acordo estabelecido com o Governo do Distrito Federal, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que necessitavam de radioterapia foram atendidos de forma totalmente gratuita.
O Sírio-Libanês também apoia o desenvolvimento da saúde pública por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), mantido em parceria com o Ministério da Saúde. Um dos exemplos é o suporte ao SUS no combate à covid-19. Com recursos de telemedicina, o Sírio-Libanês atua orientando profissionais de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) na regulação das filas para consultas na Atenção Secundária à Saúde (especialistas).
Covid-19
Ainda em relação à covid-19, antes mesmo de o novo coronavírus chegar ao Brasil, o Sírio-Libanês já havia se preparado para enfrentar a pandemia. “Em São Paulo, começamos a nos preparar um mês antes, ao criarmos um comitê de crise. Então, quando apareceram os primeiros pacientes, já tínhamos protocolo e estrutura”, explica Dr. Gustavo Fernandes.
Desde então, diariamente, o corpo médico do Sírio-Libanês realiza videoconferência para discutir protocolos, atendimento e distribuição de material para o enfrentamento da covid-19. “Deu tempo para Brasília se preparar. Até o momento, tivemos mortalidade é zero. Isso se deve à assistência e à estrutura que não está estressada”, finaliza.
Ampla cobertura de convênios
O Hospital Sírio-Libanês em Brasília ampliou a lista de convênios credenciados e conta agora com quase 50 operadoras cadastradas, como Bradesco Saúde, Mediservice, Unimed Norte Nordeste, Saúde BRB, Allianz, Central Nacional Unimed (CNU), FAPES, Gama Saúde, Plan-Assiste (MPF, MPDFT, CNM, MPT e MPM), STF e TJDFT, além da lista de convênios internacionais que recentemente incorporou as operadoras ASA, Euro Center, Henner e Sunmed. BACEN, Pró Ser STJ, PLA/JMU, Senado Federal e SulAmérica foram as últimas operadoras cadastradas.
Com isso, mais beneficiários podem contar com a infraestrutura completa do hospital e, principalmente, com o Pronto Atendimento adulto, importante porta de entrada para os cuidados emergenciais. Vale ressaltar que a lista de planos atendidos nas duas unidades de Oncologia e no Centro de Diagnósticos permanece a mesma de sempre na capital federal – as coberturas completas podem ser conferidas em http://bit.ly/PlanosHSL-Brasilia.
Inovação: hospital realiza seu primeiro transplante alogênico de medula
A equipe do Hospital Sírio-Libanês está comemorando uma conquista até então inédita para a unidade de Brasília. Na semana passada, teve alta o primeiro paciente a ser submetido a um transplante alogênico de medula. “Esse é um dos procedimentos de maior complexidade na medicina, mas tem potencial de curar uma série de doenças. E o paciente não teve nenhuma complicação”, celebra o Dr. Volney Vilela, onco-hematologista responsável pelo transplante.
Na medicina, há dois tipos principais de transplantes de medula: o autólogo e o alogênico. No primeiro, já realizado outras vezes pelo Sírio-Libanês no DF, são utilizadas as células-tronco do próprio paciente. No segundo, essas células vêm de um doador, idealmente de um irmão ou irmã com composição genética semelhante. “O do nosso paciente foi um transplante alogênico haploidêntico, ou seja, o filho doou para o pai. Nesse caso, a compatibilidade é de 50%. Mas foi um sucesso", destaca o Dr. Vilela, que é também responsável técnico do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF).
O médico acredita que o Sírio-Libanês em Brasília pode se tornar uma referência para transplantes no Centro-Oeste e também para outras regiões do país.
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