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Afinal, que história é essa de ensino bilíngue?

A superintendente acadêmica da Thomas Jefferson explica as tendências escolares para o ensino de inglês e o que é importante prestar atenção na hora de escolher uma instituição.

Hanna Guimarães - Especial para o Correio
postado em 17/01/2019 09:12
A superintendente acadêmica da Thomas Jefferson explica as tendências escolares para o ensino de inglês e o que é importante prestar atenção na hora de escolher uma instituição.

As oportunidades para trabalhar em outro país ou fazer um intercâmbio estão cada vez mais comuns e uma das principais preocupações dos pais, hoje, na hora de escolher uma escola, é a garantia de que seu filho será preparado para se comunicar em inglês com proficiência, e ser capaz de superar todos os desafios de um processo seletivo internacional. No entanto, as opções oferecidas pelas instituições de ensino são muito variadas e com ótimas propagandas, o que torna muito difícil a tomada de decisão. ;A definição de que é o ensino bilíngue ainda causa muita confusão, porque, na verdade, qualquer um que fala uma segunda língua além da língua materna, está tendo, de certa forma, uma aprendizagem bilíngue;, explica Isabela Villas Boas, Gerente Acadêmica do centro binacional Casa Thomas Jefferson. ;O que está acontecendo hoje é que se tem a impressão de que só se aprende inglês com programa bilíngue, e isso não é verdade. Existem vários caminhos diferentes de aprendizagem, mas a eficiência é a mesma;, acrescenta.

Dessa forma, o primeiro passo na busca pela instituição ideal é garantir bons professores, com formação continuada, que se adequem às novas gerações de alunos. As crianças hoje já nasceram imersas em tecnologia e com acesso ilimitado a qualquer tipo de informação; possuem uma velocidade de pensamento muito mais rápida e recebem estímulos simultâneos das mais diferentes fontes e formatos. Para um aprendizado eficiente, as escolas precisam incorporar as novas tecnologias, aplicar metodologias ativas de ensino que coloquem o aluno como desenvolvedor de conteúdo, e não apenas consumidor, tornando-o protagonista do próprio aprendizado. ;Uma instituição de qualidade está sempre inovando, aprendendo e aplicando o que aprendeu. Se você é uma instituição que ensina, também deve ser uma que aprende, incorpora e investe na formação continuada de seus professores;, afirma Isabela. ;A Thomas atua no mercado de Brasília há 55 anos e recebemos uma série de depoimentos de pessoas que aprenderam inglês conosco e obtiveram sucesso, tendo acesso a programas de graduação, pós-graduação e até empregos no exterior, enfim, posições de prestígio profissional;, completa.

Após separar as opções de qualidade, o segundo passo é escolher um método. Entre as possibilidades de ensino do inglês oferecidas, as três mais procuradas são escolas bilíngues, programas bilíngues e os cursos regulares de idiomas. As primeiras são instituições que ensinam parte de seus conteúdos em inglês e outra parte em português; o que é passado em uma língua, não é visto novamente na outra. Já os demais métodos possuem como foco primário o ensino do inglês, sendo o curso de idiomas focado na parte mais formal da língua e regras de gramática, enquanto o segundo é mais direcionado para o desenvolvimento de vocabulários aprofundados sobre conteúdos variados. ;Os pais precisam refletir sobre qual é a abordagem de ensino que eles acreditam ser melhor para seus filhos e sobre o investimento de tempo e dinheiro que desejam dedicar para essa formação. Enquanto um curso de idiomas ocupa de duas a quatro horas na grade de estudos semanal, um programa bilíngue varia de seis a dez horas e, por necessitar de mais tempo, consequentemente é mais caro;, explica Isabela.

A superintendente acadêmica da Thomas Jefferson explica as tendências escolares para o ensino de inglês e o que é importante prestar atenção na hora de escolher uma instituição.

Em um curso regular, é definido o que será aprendido em cada aula sobre gramática, vocabulário, compreensão oral, etc. Enquanto em um programa bilíngue, o aluno aprende sobre conteúdos variados, como corpo humano, educação financeira ou astronomia, e o professor ensina a gramática na medida em que os alunos necessitam da língua para a comunicação e o desenvolvimento de projetos. Esse aprendizado mais orgânico, focado em conteúdo e vocabulário, pode exigir um pouco mais de tempo, mas facilita a inserção dos alunos em ambientes escolares e sociais do exterior, pois eles já estarão acostumados com a dinâmica de aulas ministradas em inglês, com as terminologias, com o inglês acadêmico e com o desenvolvimento de conversas elaboradas sobre os mais variados assuntos. Quanto mais cedo começar, melhor; entretanto o mais comum é que programas bilíngues sejam iniciados nas séries do Ensino Fundamental I e é muito difícil um aluno participar desse formato de aula sem ter acompanhado o programa desde o primeiro ano de curso, pois ele não terá base vocabular para entender a complexidade dos conteúdos ministrados em um nível mais avançado.

Isabela alerta que também é preciso tomar cuidado com os falsos programas: ;Há várias escolas falando que têm programa bilíngue quando, na verdade, oferecem um curso regular de inglês com uma carga horária maior. Conheço casos que usam inclusive o material de cursos padrão e só porque são oferecidos dentro da escola, se autodenominam de bilíngue;, revela. Outra preocupação deve ser em relação à qualidade do material, pois ;a grande maioria dos provedores de programas bilíngues são editoras, que desenvolvem materiais localmente e oferecem consultoria com o objetivo de venda;, aponta a superintendente acadêmica. A dica para não cair nesse artifício é buscar por escolas de inglês, que possuam expertise no ensino do idioma, que testem os materiais, de preferência internacionais (pois há mais investimento nos recursos utilizados) e vejam o que de fato funciona dentro da sala de aula.

;Nossa escolha é feita baseada na proposta pedagógica; vemos se os materiais possuem os elementos que achamos importantes, analisamos o formato no qual o conteúdo é apresentado, se é de forma contextualizada e indutiva, que leve ao pensamento crítico; olhamos se incentiva o desenvolvimento de projetos, de brincadeiras e jogos, de atividades ;maker; com o uso da criatividade, da colaboração, e outros conceitos que fazem parte da nossa filosofia de ensino;, revela Isabela.

A Thomas também oferece um novo formato de programa bilíngue, mais voltado para a exploração e uso de tecnologias. O Bilingual Adventure é desenvolvido com base no International Primary Curriculum e foi desenhado para acontecer em um conjunto de instalações que inclui sala de projetos, sala de leitura, cozinha gastronômica, teatro, e outros espaços de estímulo à criatividade. O projeto proporciona experiências imersivas e sensoriais para crianças de 3 a 14 anos, voltadas para o desenvolvimento integral de habilidades, através dos quatro pilares básicos da sociedade contemporânea, os chamados 4Cs: pensamento crítico, colaboração, comunicação e criatividade. Nesse formato, o aluno pode seguir seu próprio ritmo de aprendizagem e, ao mesmo tempo, é constantemente desafiado, pois o grande foco é o processo de aprendizagem ao longo das experiências. Nesse cenário, a ideia de fracasso é reconfigurada e os erros são vistos como parte natural do processo de compreensão do mundo e evolução de habilidades, e, consequentemente, como algo positivo e proveitoso. ;É como se fosse um programa bilíngue VIP, muito mais imersivo e divertido, mais direcionado para a vivência de coisas novas;, conta Isabela.

A instituição também buscou ampliar essa filosofia dentro de suas unidades, e a partir de 2019 irá oferecer cursos de robótica e programação, além de abrir o Maker Club, para ensinar eletrônica básica, impressão 3D e corte a laser, tudo ministrado em inglês.

A superintendente acadêmica da Thomas Jefferson explica as tendências escolares para o ensino de inglês e o que é importante prestar atenção na hora de escolher uma instituição.




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