A cada dia que passa, está mais difícil inserir e manter-se no mercado de trabalho. É preciso estar constantemente atualizando o currículo, adquirindo novas habilidades e fazendo especializações. No entanto, já é muito difícil conciliar o emprego com a vida social, horas de sono e as outras responsabilidades do dia a dia, principalmente quando se perde muito tempo no deslocamento de um lugar para outro. Quase não sobra espaço na rotina para cursar uma faculdade ou uma pós-graduação. Nesse cenário, tem crescido bastante a opção de fazer cursos a distância, por meio de plataformas virtuais de aprendizado. A proposta inicial desse formato de estudo era garantir um ensino de qualidade para as pessoas que moram em lugares distantes dos grandes centros, permitindo que elas tivessem acesso remoto a professores e conteúdos de faculdades renomadas. Porém, com o passar dos anos, a integração com o ambiente virtual aumentou e a tecnologia permitiu novas formas de interação via web, facilitando bastante o aperfeiçoamento dessas plataformas.
Além da flexibilidade de horários, todo o conteúdo fica disponível online e pode ser acessado de qualquer aparelho conectado à internet. Os ambientes virtuais de aprendizagem também disponibilizam várias ferramentas de interação com os alunos, tais como: vídeo-aulas, que tem por objetivo tornar o conteúdo mais atrativo e fácil de compreender, além de permitir pausar, voltar e rever quantas vezes forem necessárias; conferências, que permitem um encontro em tempo real com o professor e demais alunos da turma, para sessões de dúvidas, acompanhamento das atividades e auxílio na explicação de algum conteúdo específico; chats e fóruns, que possibilitam a promoção de discussões em grupo, debates e esclarecimentos; e bibliotecas virtuais gratuitas, com conteúdos de qualidade disponíveis para download. A melhor parte é que todo o histórico fica registrado na página do aluno e pode ser acessado sempre que necessário.
Em 2016, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) registrou que 66,4% dos estudantes universitários trabalham pelo menos 40h por semana e que 49,6% ajuda ou é responsável pelo sustento da casa. A autonomia do ritmo de estudos, somada à flexibilidade, redução da necessidade de deslocamentos, otimização do tempo e suporte de qualidade para o aprendizado, acabaram por fazer com que muitos desses profissionais optassem por um curso a distância, 28% do total de matrículas nacionais, mais precisamente. Uma vez que não há gastos com infraestrutura, o valor das mensalidades também acaba sendo bem mais baixo, se comparado com um presencial.
Ensino a distância é mais fácil?
Muitas pessoas têm esse preconceito com a modalidade virtual de aprendizado por acreditarem que sem um acompanhamento constante do professor, as atividades não são cumpridas com a mesma qualidade e exigência, além de ser mais fácil burlar as avaliações. No entanto, a realidade é muito diferente, uma vez que não há um limite de tempo para a interação entre alunos e professores, é possível aprofundar em todos os assuntos e exigir muito mais de cada trabalho. Os professores também têm maior disponibilidade de tempo para fazer as correções e podem fazer revisões mais personalizadas, cuidando das dificuldades de cada aluno. Como o chat para tirar dúvidas está sempre disponível, e as aulas também, as avaliações são bem mais específicas.
As instituições reconhecidas pelo Ministério da Educação devem ter obrigatoriamente uma aula presencial por semana, assim como tutoria, práticas de laboratório e avaliações, realizadas em algum dos polos de apoio da faculdade ou universidade. Não é fácil ser aprovado, é preciso ter disciplina, proatividade e muita organização para cumprir com todas as atividades propostas dentro do prazo, principalmente porque não há uma cobrança diária por parte dos professores. Claro que eles entram em contato ao perceber que o aluno não está realizando os trabalhos, mas é preciso assumir as responsabilidades.