Politica

Garibaldi descarta convocar Dilma para explicar dossiê no plenário do Senado

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postado em 23/04/2008 13:38
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), descartou nesta quarta-feira a convocação da ministra Dilma Rouseff (Casa Civil) para prestar depoimento no plenário da Casa sobre o dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com cartões corporativos. Garibaldi disse acreditar que a ministra vai abordar o assunto em depoimento à Comissão de Infra-Estrutura do Senado, marcado para o dia 30. "Eu tenho informações de que ela não afasta essa possibilidade [de falar sobre o dossiê na comissão]. Eu não tenho nada contra a ministra, mas acho que ela deveria falar sobre esse episódio. É hora de se ter um depoimento dela sobre isso", afirmou. Garibaldi disse que "não há perigo" de Dilma ser convocada a depor no plenário porque "já tem comissão demais" querendo ouvi-la no Senado sobre o dossiê. "Há possibilidade dela falar na comissão sobre os acontecimentos ligados aos cartões corporativos", disse. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta terça-feira que Dilma falará exclusivamente sobre o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no depoimento à comissão. O governista ressaltou, porém, que a ministra poderá abordar outros assuntos "se for da sua vontade" --embora insista que o regimento interno do Senado não prevê que assuntos fora da alçada da comissão sejam abordados em depoimentos na Casa. Críticas Garibaldi respondeu às críticas da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) que, nesta terça-feira, acusou o presidente da Casa de criticar sistematicamente o governo federal --embora integre um partido da base aliada. "Eu estou procurando sempre fazer justiça. Quando eu acho que o governo não está colaborando para a harmonia dos poderes, reclamo. Mas também reclamo da oposição. Não sou presidente que tenho o propósito de contemporizar com ninguém." Na opinião de Garibaldi, tanto o governo quanto a oposição vêm contribuindo para a "paralisia" nos trabalhos do Senado. "São [o excesso] as medidas provisórias de um lado e a falta de entendimento do outro. Quando não é o governo, é a oposição. [...] Eu já disse que o Congresso está na UTI, estamos enfrentando dias difíceis, mas procuramos melhorar. Há setores que cobram demais do Congresso", disse.

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