Politica

PMDB diz que apóia Kassab porque é o candidato de Serra

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postado em 24/04/2008 13:17
Na quarta-feira (23/04), durante o almoço com Quércia, os três deputados estaduais do partido avalizaram a coligação com Kassab, conforme antecipou ontem o "Painel", da Folha. O líder da bancada, Uebe Rezeck, alegou que, como Kassab é o candidato de Serra, a aliança seria um desdobramento do apoio que o partido já dá ao governador na Assembléia Legislativa. "A bancada do PMDB dá sustentação ao governador na Assembléia. E o candidato do governador é mesmo o Kassab. Como nós já estamos na base de sustentação do governo, como já estamos apoiando o Serra, esse apoio ao Kassab completa o trabalho que está sendo feito na Assembléia", afirmou. Avisando que o apoio a Kassab é irreversível - apesar dos muitos telefonemas de petistas ao longo do dia-- o próprio Quércia admitiu que "a composição com o DEM pressupõe a composição com o Serra". Ele frisa, porém, que não se refere à disputa presidencial. Uma articulação para a presidência, diz, ainda precisa ser discutida. Além do compromisso de ser candidato exclusivo do DEM ao Senado em 2010, Quércia informou que, após as eleições municipais, o PMDB participará do governo Serra. À mesa do restaurante Massimo, os peemedebistas ressalvaram que a presença no governo Serra não é uma exigência para o apoio a Kassab. Mas "uma conseqüência". "Não existe o apoio oficial do partido [ao governo Serra]. Agora, vai acontecer", afirmou Quércia. Rezeck é claro ao afirmar que, se Serra espera o apoio do PMDB para seus projetos políticos, "deverá abrir espaços". O deputado Jorge Caruso afirmou que a decisão de apoio a Kassab está "em consonância" com a atuação das bancadas do PMDB na Alesp e na Câmara Municipal. O nome de Caruso foi, no entanto, apresentado como alternativa para a vice. Baleia Rossi, por sua vez, deixa claro que entende a aliança com Kassab como um aceno a Serra. "Sabemos que o Palácio é simpático [à aliança]. Mas não que tenha sido costurada lá", afirmou. Quércia disse que adiara de ontem para hoje a reunião da executiva municipal do partido por dois motivos: para garantir a presença de Kassab e consultar outros integrantes do PMDB. Hoje, o PT se reúne com Quércia numa última tentativa de acordo. Ontem, ele argumentou que, além "experiência ruim com o PT", a ministra Marta Suplicy não dera garantia de que teria apoio para o Senado em 2010. "Teve muita gente que ligou pedindo para ficar com o PT. Mas, infelizmente para eles, não vai acontecer", disse ele. Ao responder se a decisão era irreversível, afirmou: "Da nossa parte, é. Vamos fechar. Não vamos ter dificuldade. Mudar não vai mudar".

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