postado em 24/04/2008 16:44
O líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), disse hoje, ao deixar a reunião do Conselho Político no Palácio do Planalto, que a preocupação do governo é com a falta de recursos para assumir os gastos previstos nos projetos aprovados pelo Senado e que dependem ainda de votação na Câmara. São os projetos que tratam do aumento de recursos da saúde com base na receita bruta do fim do fator previdenciário e da vinculação dos benefícios dos aposentados que recebem acima do teto ao reajuste do salário mínimo.
Casagrande afastou qualquer hipótese de uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para financiar esses projetos. Ele disse que uma nova reunião já foi marcada para a próxima semana, quando os líderes da base aliada pretendem apresentar alternativas. "Do jeito que está, o governo diz que não tem receita", afirmou.
O líder do PT, deputado Maurício Rands (PE), seguiu na mesma linha de Casagrande, afirmando que esses projetos só poderão ser votados com dinheiro garantido e que a reunião de hoje apenas diagnóstico a situação. Rands disse que deixou o Palácio do Planalto disposto a não se curvar a pressões nem dos senadores do PT e nem da oposição. "Não somos prisioneiros deste ou de outro projeto. Não podemos sair com uma posição populista. Vamos discutir as alternativas sem precipitação mas com foco na receita", disse.