postado em 28/04/2008 16:45
Em depoimento a CPI da Gautama, em Maceió (AL), nesta segunda-feira, a ex-diretora comercial da Construtora Gautama, Maria de Fátima Palmeira, se beneficiou de um habeas corpus que lhe dava direito ao silêncio para não responder a nenhuma das perguntas feitas pelos deputados distritais. A orientação para ela se recusar a falar foi dada por seu advogado Fábio Ferrario.
Os parlamentares Bispo Renato (PR), Cabo Patrício (PT) e Brunelli (DEM) lamentaram a situação, após terem preparado lista com mais de 20 perguntas a serem feitas. ;Infelizmente, demos viagem perdida, porque a ex-diretora da Gautama se recusou a responder as perguntas. Mesmo assim ela será indiciada, a exemplo dos demais envolvidos nesse escândalo;, disse Patrício. ;Parecia em alguns momentos que Maria de Fátima ficou constrangida por não poder responder as perguntas, por orientação do advogado;, completou o deputado petista.
Os três deputados seguiram na tarde desta segunda-feira para Salvador (BA), onde na terça-feira tomarão depoimento do empresário Zeleido Veras, dono da Gautama, e de mais dos funcionários da construtora. A CPI da Gautama investiga denúncias de irregularidades na execução de obras da barragem da Bacia do Rio Preto, no Distrito Federal.
A comissão foi instalada depois que a Polícia Federal deflagrou a Operação Navalha. Na ocasião, Zuleido Veras e Maria de Fátima Palmeira, assim como alguns políticos e assessores, acabaram presos. Todos foram acusados de participarem do desvio de recursos federais destinados a obras públicas.