postado em 30/04/2008 13:26
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, estão reunidos em Brasília, na sede do Ministério, para debater um possível reajuste no preço dos combustíveis.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou que a decisão seja anunciada nesta quarta-feira (30/04). "Não pode passar de hoje, não podemos ficar a vida inteira lidando com a especulação, porque é isso que vai acontecer. Daqui a pouco, o povo paga o preço do quilo de comida que ele come por um aumento de combustível que não houve. É melhor resolver isso logo", disse Lula, após cerimônia no Palácio do Planalto.
O mercado aposta em um aumento dividido em duas parcelas de aproximadamente 5% - uma até junho e outra em dezembro. O objetivo é tentar diluir o impacto na inflação até 2009. O preço dos derivados de petróleo é liberado nas distribuidoras e postos, mas fixado pela Petrobras nas refinarias. O último reajuste feito pela estatal foi em setembro de 2005 (10% para gasolina, 12% para o diesel). Naquela ocasião, o barril de petróleo estava em aproximadamente US$ 60. Hoje, já ultrapassou US$ 100. Pelos cálculos feitos por consultorias, o preço interno dos derivados de petróleo está com uma defasagem em relação ao seu custo internacional de cerca de 20%. Não há expectativa de que a Petrobras faça um reajuste dessa ordem.