postado em 08/05/2008 13:21
O governo federal vai passar um "pente fino" nas suas despesas correntes com o objetivo de reduzir gastos como diárias, passagens aéreas, água, esgoto, energia e apoio administrativo. O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse nesta quinta-feira (08/05) que já contratou a empresa de consultoria INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial) para avaliar os cortes, que provocarão impactos também na inflação.
"Temos a perspectiva de fazer uma boa redução [de gastos]. Vamos fazer reuniões específicas com cada ministério. Tudo o que melhora a qualidade do gasto ajuda nesse processo [de redução da inflação]", afirmou.
Segundo o ministro, o governo vai priorizar a redução de gastos nos Ministérios da Defesa, Educação, Saúde, Fazenda, Planejamento e Justiça - que juntos reúnem as maiores despesas do poder federal. Bernardo avalia que o impacto dos cortes será "imediato", embora a sua implementação não seja a curto prazo.
"É um trabalho que devemos fazer de maneira permanente. É um trabalho de formiguinha, vai demorar um pouquinho, mas achamos que vai melhorar muito", afirmou.
Inflação
Bernardo admitiu que o índice de inflação "sempre preocupa" o governo, mas negou que haja razão para alarmes neste momento. "A inflação sempre preocupa. Estamos atentos achando que não há motivo para alarme. O IPCA está perto da meta do governo", afirmou.
Segundo o ministro, a previsão da inflação está "um tiquinho" acima da meta - embora tenha reconhecido que o Brasil pode ter um "resquício" de cultura inflacionária.
Ao participar de audiência pública no Senado, o ministro também defendeu a aprovação de projeto que obriga o uso do pregão eletrônico no governo federal. O ministro disse que, no ano passado, mais de 50% das compras realizadas pelo Executivo ocorreram por meio dos pregões eletrônicos.
Segundo o ministro, a economia no uso do pregão chegou a R$ 3 bilhões em 2007.