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Sanguessugas causaram prejuízo de R$ 15,5 milhões, aponta CGU

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A análise de mil convênios firmados com cerca de 600 municípios para a compra de ambulâncias, no valor total de R$ 99 milhões, apontou um prejuízo estimado em R$ 15,5 milhões. A fiscalização foi feita pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Departamento Nacional de Auditoria do Ministério da Saúde (Denasus), a partir de investigação realizada pela Operação Sanguessuga da Polícia Federal, em maio de 2006. Os auditores concluíram que houve superfaturamento em 70% dos convênios analisados e conluio entre os participantes das licitações em cerca de 80% dos casos. Com a análise dos 1.452 convênios, o prejuízo total poderá chegar a R$ 25 milhões, prevê a CGU. A atuação da máfia das ambulâncias foi revelada pelo Correio em 18 de dezembro de 2005, quase seis meses antes da deflagração da Operação Sanguessuga, que prendeu 40 pessoas, entre empresários, servidores públicos e ex-deputados. As reportagens do jornal revelaram como funcionava o esquema, financiado por emendas ao Orçamento da União, em Rondônia e mais quatro estados, e apontaram o nome do chefe da quadrilha, o empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos donos da fábrica de ambulâncias Planam, de Cuiabá. Em agosto daquele ano, a CPI dos Sanguessugas apontou indícios de participação de 69 deputados e três senadores do esquema de fraudes, que envolvia o pagamento de propina para a apresentação de emendas de interesse da máfia. Leia mais sobre o assunto na edição impressa do Correio deste sábado